Moradores do DF
João Vitor e Lucas moram em Águas Claras e Taguatinga, respectivamente – Foto: Material cedido ao Correio

Dois moradores do Distrito Federal estão presos no Aeroporto Internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, desde que desembarcaram, na última sexta-feira. O engenheiro de software João Vitor de Souza, morador de Águas Claras, e o estudante Lucas Alves, de Taguatinga, ambos de 25 anos, foram impedidos de entrar no país da América Central durante o procedimento de imigração. 

Os outros dois jovens que viajavam com eles, Estênio Ramalho, também do DF, e Mateus Fontenele, de João Pessoa (PB), conseguiram ingressar.

Lucas não entende o motivo da detenção. “A declaração que deram foi inconsistência nas informações, mas as perguntas são as mesmas e nossas respostas eram iguais as dos nossos outros dois amigos”, afirmou Lucas, ao Correio

Volta ao Brasil

Para ele, o maior problema não é terem sido barrados, mas sim o fato de não poderem voltar ao Brasil e de estarem em um local totalmente insalubre. “Fomos para uma sala e não temos notícias do voo de volta; a imigração diz que a responsabilidade é da Copa Airlines, mas não temos retorno”, disse. Os jovens dormem em um espaço com pessoas que também foram impedidas de entrar no país. “A gente tem acesso ao banheiro, mas não dá para tomar banho. Eles dão alimentação e água, mas o local é nojento, tem baratas, os colchões ficam no chão, as beliches são quebradas, há mau cheiro”, relatou.

Lucas disse que procuraram ajuda da equipe de imigração do aeroporto, mas foram informados de que dependem da autorização da companhia aérea. O jovem acrescentou que a empresa argumentou que há superlotação nos voos com destino ao Brasil e, por isso, não consegue trazê-los. O Correio Braziliense tentou contato com a Copa Airlines, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

O Ministério das Relações Exteriores informou que, por meio da Embaixada do Brasil na Cidade da Guatemala, presta assistência consular aos brasileiros. Sendo assim, estão mantendo contato com as autoridades locais.

Diante da situação, o jovem buscou ajuda legal. “Entrei em contato com um advogado de Brasilia, ele está nos auxiliando. Queremos uma liminar na Justiça”, declarou Lucas. 

Correio Braziliense

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