Uma terrível tragédia assolou a comuna de Muinha em Angola, onde aproximadamente 50 pessoas perderam a vida após consumirem uma poção de ervas. Entre janeiro e fevereiro deste ano, perpetraram os incidentes nos quais forçaram então as vítimas a beber a substância em um ritual com o objetivo de provar inocência em acusações de bruxaria.
A vereadora Luzia Filemone concedeu uma entrevista à Rádio Nacional da Angola, detalhando ainda mais as mortes e acusando curandeiros tradicionais de administrarem a mistura fatal.
A crença na bruxaria ainda persiste em algumas comunidades rurais de Angola, apesar da oposição da igreja católica, predominante na ex-colônia portuguesa. Contudo as autoridades policiais confirmaram as mortes e destacaram a prática generalizada de obrigar indivíduos a consumir o suposto veneno como parte das crenças locais.
Segundo relatos do Daily Mail, Angola não possui leis específicas contra a bruxaria, deixando então que as comunidades lidem com a questão internamente. Curandeiros tradicionais costumam resolver as acusações de feitiçaria conduzindo rituais. Nesses rituais o acusado é obrigado a ingerir a bebida tóxica à base de ervas chamada “Mbulungo”.
O governador da província do Bié, Pereira Alfredo, manifestou preocupação com o ocorrido durante uma visita à localidade, destacando a necessidade de interromper tais práticas que desestabilizam a vida nas comunidades.