Nesta manhã de quarta-feira, 15 de maio, as autoridades interditaram então a sede do famoso Bar do Cuscuz, situada no bairro Cabo Branco, em João Pessoa. A ação ocorreu então devido a suspeitas de despejo de esgoto no mar, levantadas após fiscalizações da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema).
Segundo relatos da Sudema, na semana anterior, eles identificaram irregularidades no estabelecimento e concederam um prazo para que as questões fossem resolvidas. No entanto, uma nova inspeção realizada hoje constatou a persistência dos problemas, resultando no embargo do bar por recomendação do Ministério Público Federal (MPF). As autoridades proibiram o local de funcionar até que as questões ambientais sejam devidamente solucionadas.
Defesa do Bar do Cuscuz
Em entrevista à TV Cabo Branco, representantes jurídicos do Bar do Cuscuz negaram qualquer irregularidade e contestaram as acusações. “Essa fiscalização não encontrou nenhuma prova de que o esgoto esteja sendo influenciado. Quando vemos aqui, pode ser ocasionado por outros fatores. Foi identificado uma pequena irregularidade, mas que não seria capaz de causar tudo que está sendo divulgado na mídia em relação às águas pluviais. Não foi encontrado esgoto clandestino. O Bar do Cuscuz vai tomar conhecimento, combater juridicamente. Tudo isto está causando um prejuízo enorme para o bar. A medida de interdição é radical. Estamos sendo prejudicados por pressão popular. O Bar do Cuscuz não cometeu nenhum tipo de crime”, afirmou a empresa.
O procurador da República João Raphael Lima, responsável pelo caso, ressaltou a gravidade dos danos ambientais alegados e a necessidade de proteção do meio ambiente marinho, considerado um bem da União conforme a legislação federal. “O Ministério Público Federal está empenhado em garantir a responsabilização de todos os responsáveis pelos danos ambientais causados e em adotar as medidas necessárias para a proteção do meio ambiente marinho e da saúde pública”, declarou o procurador.