A Polícia Civil de Pernambuco deteve uma mulher de 41 anos por descumprir uma medida protetiva estabelecida pela Justiça após denúncias da atriz Débora Falabella. A atriz relata ser vítima de perseguição desde 2015. Contudo a polícia prendeu a suspeita dentro de uma clínica psiquiátrica em Camaragibe, no Grande Recife.
A detenção aconteceu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em 2023. A suspeita teria enviado mensagens no WhatsApp para a atriz em setembro do mesmo ano. Assim desrespeitando a ordem judicial que a proibia de manter qualquer tipo de contato com ela.
Segundo relatos da defesa da atriz, a suspeita já havia tentado invadir o prédio onde Débora mora e fez afirmações preocupantes, como alegar que mantinha relações com a atriz por telepatia. A série de interações e presentes tendenciosos levou Débora a então solicitar medidas protetivas contra a mulher em janeiro de 2023.
Defesa
O advogado da suspeita, Luciano Cavalcanti, defende que ela sofria de esquizofrenia e bipolaridade, estando sob tratamento em uma clínica psiquiátrica desde outubro de 2023. A defesa argumenta que a decretação da prisão prejudicará o tratamento da suspeita, uma vez que ela não apresentava riscos à integridade física da atriz.
O pedido de revogação da prisão preventiva foi feito pela defesa da mulher à Justiça, alegando que durante os períodos de surto ela não faz distinção do que é verossímil. A situação levanta questionamentos sobre a necessidade de avaliar as condições de saúde mental dos envolvidos em casos judiciais desse tipo.
Até o momento, não houve pronunciamento da atriz Débora Falabella sobre a prisão da mulher, nem respostas da Polícia Civil de Pernambuco sobre o cumprimento do mandado. O caso ressalta a importância da proteção e segurança das vítimas de perseguição e a necessidade de se investigar a fundo questões relacionadas à saúde mental dos envolvidos.
