O Rio Grande do Norte registrou então sua primeira morte causada por dengue em 2024. A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) contudo confirmou a causa da fatalidade em março na última semana.
A vítima é uma mulher identificada como Wigna Monielly Cosmo da Silva, de 21 anos, residente em Itaú, no Alto Oeste potiguar. Wigna ficou então internada no hospital de Pau dos Ferros, onde veio a óbito. A família confirmou a causa da morte.
Embora tenha sido descrita como saudável e sem problemas de saúde, o laudo do óbito revelou que “dengue hemorrágica” e “distúrbio hidroeletrolítico” foram as causas da morte, uma condição que ocorre quando a pessoa perde grandes quantidades de líquidos e eletrólitos.
Vitima da Dengue
Wigna Monielly deixou dois filhos, uma menina de 2 anos e um menino de 5 meses. Seu pai, o pescador Sebastião Cosmo da Silva, relatou que ela também trabalhava como pescadora.
Segundo a família, Wigna deu entrada no Hospital Regional de Pau dos Ferros por volta das 13h do dia 20 de março e faleceu por volta da 1h da madrugada do dia seguinte.
“Ela foi ao médico, o médico lhe deu dipirona e soro, ela ficou internada até a noite e então foi liberada para casa. No dia seguinte, ela teve os mesmos sintomas, voltou ao médico e o médico a encaminhou para Pau dos Ferros, mas não houve melhora. Os sintomas se agravaram, com vômitos, inflamação no corpo e muita dor. Pediram exames e à noite informaram que precisariam intubá-la”, relatou o marido, Marcos Sousa.
O último boletim epidemiológico indica que o Rio Grande do Norte tem 15.183 casos prováveis de dengue, dos quais 2.281 já foram confirmados. O número de casos prováveis deste ano já ultrapassa o total registrado em todo o ano de 2023, quando foram contabilizadas 12.048 ocorrências.
Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde orientou a ampliação da faixa etária para vacinação contra a dengue, e a Sesap instruiu os municípios a seguirem essa recomendação.
