O empresário paraibano José André da Rocha Neto teve quase R$ 200 milhões bloqueados pela Justiça durante operação que investiga o crime de lavagem de dinheiro envolvendo apostas ilegais no Brasil. A operação foi desencadeada na última quarta-feira, 4 de setembro, pela Polícia Civil de Pernambuco e é a mesma que culminou com a prisão da influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra. No total, 53 pessoas entre físicas e jurídicas são investigadas.
Os detalhes das investigações foram divulgados nesse domingo, 8 de setembro, pelo Fantástico, que teve acesso aos autos do processo. As investigações se iniciaram com suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo a empresa Esportes da Sorte, mas acabou levando a outros alvos. A suspeita é de que apostas estariam sendo usadas para lavar dinheiro de origem criminosa.
Do total bloqueado de José André da Rocha Neto, R$ 35 milhões seriam provenientes de contas pessoais do empresário paraibano. Outros R$ 160 milhões estariam em contas de empresas dele. No total, o montante chega a R$ 195 milhões.
Rocha Neto é de Campina Grande e é dono de uma série de empresas, entre elas a casa de apostas Vai de Bet. Ainda de acordo com o Fantástico, ele teve sua prisão preventiva decretada, mas no dia da operação estava em viagem na Grécia. Por causa disso, é considerado foragido pela Justiça.
Entre os possíveis esquemas de lavagem dinheiro envolvendo o empresário paraibano, segundo as investigações da Polícia Civil de Pernambuco, está a compra de uma aeronave que pertencia originalmente à empresa Balada Eventos e Produções, de propriedade do cantor sertanejo Gusttavo Lima.
A compra estaria sendo realizada em nome da JMJ Participações, outra das empresas do empresário paraibano. Ele nega qualquer irregularidade. A defesa de Rocha Neto disse ao Fantástico que “não há qualquer indício de sua participação em atos ilícitos e que seu patrimônio é declarado e regular”
Já a defesa do cantor sertanejo informou por meio de nota que “a Balada Eventos apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas” e que “a operação seguiu todas as normas legais e isso está sendo devidamente provado”. A mota diz ainda que Gusttavo Lima mantém contrato de uso de imagem em prol da marca Vai de Bet, mas que ele e sua empresa “não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa”.
Por fim, a defesa de Deolane Bezerra disse que mantém plena confiança na justiça e segue trabalhando incansavelmente pelo restabelecimento de sua liberdade, convicta de que sua inocência será plenamente comprovada.