A atualização desta terça-feira sobre a enchente no Rio Grande do Sul traz então uma triste realidade: 90 mortes já foram confirmadas e mais de 200 mil pessoas estão desabrigadas. O desastre afetou 385 dos 497 municípios do estado, deixando um rastro de destruição. Entre as vítimas estão jogadores menos conhecidos nacionalmente, como o lateral-direito Itaqui, do Monsoon, o centroavante Patrick, sem clube atualmente, e o volante Lucas Oliveira, do Novo Hamburgo.
Esses atletas, residentes em três cidades diferentes da região metropolitana de Porto Alegre, vivenciaram então momentos de tensão durante a enchente. Relatam a urgência de deixar suas casas e até mesmo o nascimento de uma filha em meio a essa situação extrema.
Itaqui, conhecido por sua trajetória em clubes como Avenida, bem como São Luiz e Novo Hamburgo, descreve o cenário desolador em Canoas, onde mora. “A velocidade da água foi muito rápida. O cenário lá é de guerra, é desolador”, relata o jogador. Sua residência, assim como a de muitos outros, ficou completamente submersa.
Patrick, por sua vez, viveu então a angústia da enchente em Esteio. “De noite foi um desastre, quando a gente viu realmente o quanto de água chegou, não conseguíamos acreditar”, desabafa o atacante. Apesar da tragédia, ele e sua esposa encontram forças na chegada de sua segunda filha, Maria Clara, que veio ao mundo durante o caos provocado pela enchente.
Lucas Oliveira, jogador do Novo Hamburgo, também enfrenta dificuldades em sua cidade. “Sempre quando chove muito o campo fica completamente alagado e vai saindo pelas ruas. Na quinta, dia 2 de maio, a água veio subindo e não parou mais”, relata Lucas sobre a inesperada inundação que atingiu sua residência.
Reconstrução após as enchentes
Os três atletas agora enfrentam o desafio da reconstrução, contando com a solidariedade de todos que desejam ajudar. Doações por meio de Pix já estão sendo recebidas para auxiliar essas famílias a superarem esse momento difícil.
A história desses jogadores representa a dor de milhares de gaúchos afetados pela enchente e a necessidade urgente de reconstrução. Em meio ao caos, surgem exemplos de resiliência e esperança, mostrando que, mesmo diante da tragédia, a solidariedade e a fé na reconstrução são combustíveis para seguir em frente.