Área Eólica

Eólica: empresa é condenada a pagar indenização por poluição sonora

Nordeste Rio Grande do Norte

Uma decisão judicial na cidade de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, gerou repercussão local ao condenar uma empresa proprietária de um parque eólico a pagar uma indenização de R$ 50 mil por danos morais a um morador da região de Serra de Santana, no interior do estado.

O caso, julgado pelo juiz Marcos Vinícius Pereira Júnior, da 1ª Vara de Currais Novos, envolveu a poluição sonora provocada pelas torres eólicas instaladas nas proximidades da residência do autor da ação. A decisão, de primeira instância, ainda cabe recurso.

Conforme relatos, o próprio juiz constatou o incômodo causado pelos aerogeradores aos moradores locais durante uma inspeção no local. Em sua sentença, o magistrado ressaltou o impacto negativo da instalação das torres na tranquilidade da região, conhecida por seu clima serrano e silêncio característico.

O dono do imóvel, que alegou danos físicos à sua residência decorrentes das vibrações das máquinas, buscou reparação na justiça. Nesse meio tempo, perícias realizadas no local confirmaram que o som gerado pelas turbinas ultrapassava os limites legais, causando desconforto aos moradores, inclusive durante a noite.

Apesar da constatação dos danos morais, o juiz não acatou o pedido de indenização por danos materiais, rejeitando a alegação de que os danos estruturais à residência fossem diretamente atribuíveis às torres eólicas.

Empresa Eólica

A Força Eólica do Brasil S.A., pertencente à Neoenergia, afirmou que ainda não recebeu notificação da decisão judicial, mas ressaltou que o projeto do parque eólico atendeu às normas ambientais vigentes à época da sua instalação, incluindo requisitos de decibéis e distanciamento mínimo das residências.

A Neoenergia destacou ainda que seus parques eólicos são certificados por normas internacionais de qualidade e que a execução de seus projetos renováveis é pautada por estudos de impacto socioambiental e dentro das melhores práticas globais.

A decisão judicial ressalta a importância de um desenvolvimento sustentável e respeitoso com as comunidades locais, reforçando a necessidade de monitoramento e cumprimento das legislações ambientais para minimizar impactos negativos na qualidade de vida das pessoas.

Blog do Halder

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