Moradores da cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, estão exigindo que a prefeitura do município remova a estátua de Daniel Alves, homenageado em 2020, devido à sua recente condenação a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual. A decisão, sujeita a recurso para ambas as partes, levou os cidadãos a expressarem seu descontentamento por meio das redes sociais.
A obra, uma criação do artista plástico Leo Santana, retrata o jogador vestindo a camisa da Seleção Brasileira e com uma bola aos pés. Em resposta às preocupações da comunidade, a Prefeitura de Juazeiro afirmou que aguardará o trânsito em julgado para determinar o destino da estátua. Recusaram-se a fazer comentários até que o processo esteja concluído.
Desde a prisão de Daniel Alves, a estátua foi alvo de vandalismo por moradores locais em pelo menos duas ocasiões. Em uma dessas vezes, Ney Alves, irmão do jogador, defendeu publicamente Daniel Alves através das redes sociais.
Sentença
Além da pena de prisão, o tribunal sentenciou Daniel Alves a cinco anos de liberdade vigiada após cumprir a pena. As autoridades ordenaram a ele que mantenha então uma distância mínima de um quilômetro da vítima e que não entre em contato com ela. Além disso, o jogador deve pagar uma indenização de 150 mil euros (R$ 805 mil) por danos morais e físicos, além de custear as despesas do processo.
Os advogados da vítima solicitaram a pena máxima de 12 anos para o jogador, enquanto a promotoria do caso requereu nove anos de prisão. Por sua vez, a defesa de Daniel Alves pleiteou sua absolvição, argumentando diversas atenuantes, como intoxicação alcoólica e violação dos direitos fundamentais do acusado. Entretanto, apenas o pagamento da multa foi aceito como atenuante.
Daniel Alves está sob prisão preventiva há 13 meses, desde janeiro de 2023, no Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona, cumprindo sua sentença por agressão sexual.
