Cruzeta, cidade seridoense a 232 km de Natal, amanheceu com a notícia de um homicídio que abalou toda a região. Nas primeiras horas deste domingo, 3 de novembro de 2024, o Sargento da Polícia Militar Felipe Silva, popularmente conhecido como “Felipe Orelinha”, teve a sua vida ceifada em um bolão de vaquejada.
Felipe, militar respeitado e destemido, era reconhecido na Polícia Militar do Rio Grande do Norte por sua atuação corajosa, especialmente no 6º Batalhão da PM, onde trabalhou com importantes comandantes, como o Coronel Costa. O sargento, já em reserva remunerada, atuou por anos no serviço reservado na região do Seridó, onde conquistou a confiança dos colegas e foi considerado um amigo sempre presente e pronto para ajudar.
De acordo com as primeiras análises no local do crime, o sargento teria sido alvo de uma emboscada, o que levanta hipóteses de que foi atraído intencionalmente para a armadilha. Felipe Orelhinha estaria armado no momento do ocorrido, mas não teve tempo de reagir.
A Polícia Militar investiga o caso, com indícios de que o crime possa estar associado a uma retaliação.
A tragédia ocorre meses após um julgamento de grande repercussão. Em março deste ano, Felipe enfrentou o Tribunal do Júri em Cruzeta, acusado de homicídio duplamente qualificado em um caso que tramitava há mais de dez anos. Em sua defesa, os advogados declararam o veredito como uma vitória histórica e uma realização de justiça após anos de angústia para Felipe e sua família.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte, e as autoridades ainda não confirmaram se o assassinato está diretamente ligado aos processos judiciais enfrentados pelo sargento no passado.