Nos últimos dias, a discussão sobre a reativação da Estação Ferroviária Mossoró-Sousa, desativada desde os anos 80, tem ganhado força. O Governo do Rio Grande do Norte está em busca de um investimento significativo de R$ 921 milhões para revitalizar o trecho, que se estende por cerca de 350 km.
O principal objetivo desta empreitada é utilizar a ferrovia como uma rota estratégica para o escoamento da produção bem como o transporte de passageiros. Com a reativação, os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Piauí e Maranhão estariam interligados por meio desse importante meio de transporte.
Além disso, segundo informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico potiguar (Sedec), a ferrovia poderá servir como uma ponte mais rápida para o escoamento da produção local, incluindo itens como sal, frutas, produtos do setor de petróleo e gás, e componentes da energia eólica. Além disso, essa conexão direta promoveria um impulso ao agronegócio e à pecuária do país.
Trajeto
O trajeto previsto passaria por diversas cidades, incluindo Grossos e Mossoró-RN, Sousa-PB, Missão Velha-CE, Salgueiro-PE e Eliseu Martins-PI. Essa região é conhecida pela sua produção de grãos e pela robustez do setor pecuário.
Em termos de logística, a proposta sugere que, ao chegar em Sousa-PB, a via férrea siga em direção sudoeste para alcançar o entorno de Missão Velha, no Ceará, onde poderá se integrar à Transnordestina, que liga o Porto de Pecém ao cerrado do Piauí. Contudo com essa expansão, a malha ferroviária poderá chegar à região conhecida como ‘Matopiba’, formada pelos territórios de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
No entanto, como o assunto ainda está em fase de discussão, ainda não foram definidos prazos para o início efetivo da reativação. O projeto promete trazer importantes avanços para a infraestrutura e o desenvolvimento econômico da região Nordeste do Brasil.
