O cantor Leonardo é um dos 176 nomes incluídos na nova atualização da chamada “lista suja” do trabalho escravo, divulgada nesta segunda-feira, 7 de outubro. Mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o cadastro publica os nomes de pessoas físicas e jurídicas responsabilizadas por esse crime, após operações de resgate de trabalhadores realizadas pelo governo federal.
A inclusão de Leonardo na lista se refere a uma fiscalização feita em novembro de 2023 na Fazenda Talismã, em Jussara, Goiás, onde foram encontrados seis trabalhadores em condições degradantes, incluindo um adolescente de 17 anos.
Esses trabalhadores dormiam em uma casa abandonada, sem água potável, banheiro e camas adequadas. O local estava infestado por insetos e morcegos, com um “odor forte e fétido”, conforme descrito no relatório de fiscalização acessado pela Repórter Brasil.
Em contato com a reportagem, Paulo Vaz, advogado de Leonardo, esclareceu que o caso envolvia uma área arrendada, a Fazenda Lakanka, que fica ao lado à Talismã, e que a responsabilidade pela contratação dos trabalhadores era de um terceiro, o arrendatário. Segundo ele, todas as indenizações foram pagas e os processos já foram arquivados.