Em um trágico acontecimento na manhã de quinta-feira, 26 de outubro, uma mulher em João Pessoa, identificada como sendo a mãe de Júlia, uma criança de um ano, tirou a vida da própria filha no apartamento da família e posteriormente se entregou à Central de Polícia Civil. A mãe, de 27 anos, chegou à delegacia com as mãos ensanguentadas e relatou ao delegado Bruno Victor que o crime ocorreu durante uma briga com o marido.
De acordo com o depoimento da mulher, a discussão entre os pais estava relacionada à separação e à guarda da criança. “Estávamos na base quando a jovem chegou com as mãos cheias de sangue, alegando que tinha esfaqueado a filha de um ano. Fomos até o local e a criança estava lá no berço toda esfaqueada”, declarou o delegado Bruno Victor.
Arrependimento
A mãe expressou seu arrependimento em relação ao crime. O pai da criança, que preferiu não se identificar, afirmou que estava em processo de separação com a companheira. Ele detalhou os conflitos no relacionamento e sua decisão de terminá-lo. “A gente estava passando por um momento difícil. A gente discutia muito e aí decidi terminar o relacionamento. Ela é uma pessoa muito surtada, complicada. Então saí da nossa casa para terminar. Me comprometi a pagar R$ 200 por mês de pensão, dava R$ 800 por mês. Se eu ameaçasse a guarda compartilhada, sabia que isso poderia acontecer”, desabafou em uma entrevista ao Sistema Correio.
O homem, que estava trabalhando como motorista de transporte alternativo, foi informado sobre o óbito da filha pelas autoridades policiais após a trágica ocorrência, que envolveu ambulâncias em frente à residência. Em seguida, a Polícia o conduziu à Central de Polícia, onde ele recebeu a devastadora notícia sobre a perda da filha. Esse terrível incidente ressalta a importância da mediação e do apoio a famílias que enfrentam situações difíceis durante processos de separação e guarda de crianças.
