O técnico Dorival Júnior já avisou que a vaga de Neymar na Seleção está guardada, mas ainda não será na próxima data Fifa que o craque voltará a vestir a amarelinha. A CBF acompanha de perto a recuperação da lesão do atacante e descarta o retorno dele nas rodadas de outubro das Eliminatórias, quando o Brasil enfrenta Chile e Peru.
A expectativa é de que Neymar tenha condições de retornar em novembro, quando o Brasil encara Venezuela e Uruguai, mas a Seleção trabalha com a hipótese de ter o camisa 10 novamente apenas em 2025. A prioridade é ter o atleta plenamente recuperado, nem que para isso seja precisa esperar um pouco mais.
A comissão técnica da CBF é abastecida de informações por duas principais fontes: o médico Rodrigo Lasmar, da seleção brasileira e do Atlético-MG, que foi o responsável pela cirurgia de Neymar no ano passado; e o fisioterapeuta Rafael Martini, que acompanha o atacante desde os tempos de Santos e também trabalha para a Seleção.
Fora de atividade há 11 meses, Neymar já faz trabalhos com bola, mas ainda não participa de atividades com os demais atletas do Al-Hilal. Ele precisa fortalecer e equilibrar a musculatura para proteger o local lesionado.
A lesão do craque foi complexa. Além de romper o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, ele machucou dois meniscos. Isso torna a recuperação também mais demorada.
Por causa da lesão, Neymar disputou apenas cinco jogos com a camisa do Al-Hilal, da Arábia Saudita, que o havia contratado poucos meses antes do problema físico, na negociação de maior destaque do futebol local na última temporada. Ele se reapresentou ao clube em junho para continuar os trabalhos de olho na volta aos campos.
A recuperação também tirou Neymar da disputa da Copa América, na qual o Brasil foi eliminado nas quartas de final, diante do Uruguai, em julho.
Desde que Neymar estreou, em 2010, a Seleção conquistou 78,6% dos pontos com ele em campo. Já sem o jogador, o aproveitamento é menor, de 63%.
