O técnico do América-RN, Marquinhos Santos, não poupou críticas à arbitragem de Deborah Cecília Cruz Correia durante o empate sem gols contra o Potiguar de Mossoró. Em entrevista coletiva após a partida, ele lamentou a não marcação de um pênalti para o Potiguar e questionou a competência dos árbitros designados para a Série D do Campeonato Brasileiro, um discurso que tem sido recorrente entre os dirigentes do Alvirrubro.
“Foi pênalti no camisa 10 (do Potiguar), onde houve o arranque deles na transição. Deveria ter marcado, sim. Assim como no lance que tivemos a oportunidade de sair cara a cara numa transição, o último homem não recebeu o vermelho (…) Estão colocando só refugo para apitar a Série D. O que é gasto pela CBF aí… Uma competição com tantos clubes tradicionais merece uma arbitragem melhor, mais digna, ainda mais se tratando de reta final de competição”, afirmou Marquinhos Santos.
Críticas à qualidade dos árbitros na Série D
O treinador enfatizou que, apesar de ser árbitra Fifa, Deborah Cecília não apita jogos das séries A e B do Brasileirão, levantando questionamentos sobre a preparação e o nível dos profissionais escalados para a Série D. Ele argumentou que a presença do selo de árbitro Fifa não garante qualidade quando se trata das divisões inferiores do futebol nacional.
“Aí depois vão falar: ‘ah, mas é árbitro Fifa’. É árbitro Fifa, mas não apita Série A, não apita Série B. É árbitro Fifa que só apitou nível C e D. Então não é árbitro Fifa. Não adianta estar com o escudo de árbitro Fifa e fazer o que fez. Foram 10 substituições e um acréscimo de três minutos. Foi pênalti (para o Potiguar). O árbitro não deu porque pipocou. Isso não pode acontecer”, criticou o treinador em outro momento da entrevista.
Impacto nos resultados do América-RN
Marquinhos Santos reconheceu que o desempenho da equipe não foi ideal no jogo contra o Potiguar, realizado em Assú, mas ressaltou a dificuldade de manter a calma diante das decisões arbitrais. Para ele, a má qualidade da arbitragem tem sido um obstáculo significativo na busca pela classificação do clube.
“Não vamos ficar tapando o sol com a peneira. Nós somos profissionais e pagamos o preço por uma arbitragem horrível, uma arbitragem fraca. Olha o quanto o América foi prejudicado, os erros que já houveram e que nos tiraram pontos. Hoje não fizemos um bom jogo, mas teve interferência da arbitragem. Poderíamos ter perdido. Não perdemos por um erro de arbitragem”, desabafou então o treinador.
Perspectivas e desafios da Série D
Ao finalizar suas críticas, Marquinhos Santos destacou a necessidade de mudanças e melhorias na estrutura e na qualidade dos campos e da arbitragem na Série D. Ele enfatizou que é essencial que os clubes e dirigentes não se conformem com condições inadequadas e busquem sempre por melhorias.
“Se a gente ficar com essa narrativa, esse discurso, vai ser sempre isso. Se nós aceitarmos tudo que for imposto, nós não vamos sair do lugar. O futebol potiguar não vai sair, a competição não vai sair por causa das porcarias que estão colocando”, concluiu então Marquinhos Santos, evidenciando a determinação do América-RN em lutar por condições mais justas e adequadas para o desenvolvimento do futebol local.
