O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reafirmou nesta quarta, 30/10, que o presidente Lula vai tomar as medidas necessárias para manter o crescimento do país. Dessa forma, se adequar as despesas à meta fiscal.
Nas palavras do ministro, “quem apostar contra o Brasil vai perder”.
Segundo Rui, a equipe já apresentou a Lula os conceitos gerais das medidas fiscais, que agora estão sendo detalhadas técnica e juridicamente. A expectativa é que Lula aprove o pacote nos próximos dias.
Nesta terça (29/10) depois de o ministro da Fazenda, Haddad, afirmar que não havia data para divulgação das medidas, a reação do mercado foi negativa.
O dólar fechou em alta, batendo em R$ 5,76, o maior valor desde março de 2021, com cenário externo adverso e dúvidas sobre o anúncio do pacote fiscal.
Números de investimentos estrangeiros diretos no país mais fracos também pesaram nas expectativas negativas. Dessa forma, fechou setembro no valor de US$ 5,23 bilhões, contra uma expectativa de US$ 5,60 bilhões.
Rui Costa tem encontro nesta quarta
O ministro Rui Costa vai se reunir nesta quarta-feira, dia 30, com os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet (Planejamento), e com os técnicos dos dois ministérios para detalhar as medidas.
O chefe da Casa Civil disse que as medidas devem ser fechadas até a próxima semana e que “erra quem aposta” que o presidente Lula não tomará as medidas necessárias para fazer o ajuste fiscal.
“Quem apostar contra o Brasil vai perder, o presidente Lula vai fazer os ajustes necessários para manter o crescimento do país, assegurar investimentos e cumprir o arcabouço fiscal, enquadrando as despesas dentro das regras da meta fiscal”, afirmou Rui Costa.
O mau humor do mercado irritou de novo o presidente Lula. Conforme um interlocutor que esteve com ele na segunda, o presidente segue muito “infeliz com a Faria Lima”. Essa região de São Paulo, se concentram os bancos e corretoras de investimentos.
Assessores de Lula afirmam que ele não vai decidir no tempo do mercado, mas no dele.
E que o pacote fiscal será forte o suficiente para conquistar credibilidade de quem interessa: os investidores nacionais e estrangeiros, não os especuladores do mercado.