Em uma noite que deveria ser festiva, o comício em Picuí, realizado em 22 de outubro de 1988, se transformou em um dos episódios mais tristes da história da Paraíba. O evento, organizado pelo médico João Batista Balduíno, culminou em uma tragédia que abalou a comunidade local e deixou um legado de dor e luto.
O Contexto do Comício
O comício, que deveria ser um momento de união e celebração, foi organizado para apoiar a candidatura de João Batista Balduíno. Com a expectativa de uma grande participação popular, mais de 20 carros estavam na entrada de Picuí, aguardando a chegada de um ônibus fretado que traria apoiadores do distrito de Baraúna.
A Tragédia
Por volta das 21h00, enquanto todos aguardavam ansiosamente, um Fiat – José Porfírio Dantas, conhecido por “Zezinho Amaro”, ao tentar se alinhar com os demais veículos, recebeu um forte impacto de um ônibus. Este, por sua vez, colidiu com uma caminhonete lotada de pessoas. O resultado? devastador, com 14 vidas perdidas, incluindo gestantes que perderam seus filhos, e mais de 30 pessoas ficaram feridas.
O Impacto na Comunidade
A notícia do acidente espalhou-se rapidamente, causando pânico e desespero entre os moradores de Picuí. O comício, que prometia ser um evento de celebração, imediatamente cancelaram, e todos se mobilizaram para prestar socorro às vítimas. O luto tomou conta da cidade, e a dor da perda foi sentida por todos.
Vítimas
Rosa dos Santos, 52 anos, esposa de Cícero Quirino de Souza; Sebastiana dos Santos de Souza, 12 anos e José Firmino de Souza de 25 anos, filhos do casal: Severino Santos de 16 anos, sobrinho de Cícero Quirino; a esposa do agricultor Milton Barbosa, Maria Salvina dos Santos e seus Filhos Ivanildo Barbosa dos Santos de 22 anos, e Ivonete Barbosa dos Santos de 23 anos; o vereador Francisco Gomes da Silva, 59 anos; Ivan Gomes de Oliveira, 21 anos; a estudante Maria do Céu Santos conhecida por “Bibi” e sua filha Rosa Maria de Souza de 11 anos, e Luzenilda Ferreira de Oliveira “Nega de Chico” solteira de 25 anos de Idade.
A outra vítima até horas antes do sepultamento ainda encontrava-se no IML campinense sem identificação, mais segundo José Janduhy de Oliveira, vereador da época que estava à frente dos problemas, devia ser um dos filhos de Cícero Quirino residentes do Sítio Caiçara. Várias pessoas continuam internadas nos Hospitais de Campina Grande, Picuí e Esperança, mas apenas Celina Ferreira de Oliveira encontrava-se em estado Grave na CTI do João XXIII na Serra da Borborema.
O Legado do Acidente
O acidente de 22 de outubro de 1988 não é apenas uma lembrança trágica, mas um marco na história da região. O prefeito da época, Sebastião Ramos Dantas, decretou luto oficial por três dias, refletindo a gravidade da situação. Sepultaram as vítimas coletivamente, e a memória do acidente permanece viva na comunidade até hoje.
Reflexões Finais
A tragédia de Picuí é um lembrete doloroso da fragilidade da vida e da importância da segurança nas estradas. O evento não apenas marcou a história da cidade, mas também deixou lições sobre a necessidade de responsabilidade e cuidado em momentos de celebração. A dor das famílias afetadas ainda ecoa, e a comunidade continua a honrar a memória das vítimas, mantendo viva a história daquele fatídico dia.
Muito triste uma coisa que não se espera, todos se fala para humanidade vigia, por não se saber em que ele voltará ou ela a morte chegara