O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou então nesta quarta-feira, 24 de abril, um projeto de lei que obriga o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, a ter um novo proprietário nos EUA.
Conforme a legislação, a ByteDance terá 270 dias para encontrar um comprador para as operações do TikTok no país. Caso contrário, a rede social será banida do mercado americano.
Após a sanção de Biden, o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, afirmou que a empresa contestará a decisão judicialmente. “Os fatos e a Constituição estão do nosso lado”, disse em comunicado no antigo Twitter, atualmente X.
Os EUA justificam a medida alegando que o TikTok coleta dados sensíveis de americanos, representando um risco à segurança nacional. O país teme que a China utilize as informações dos mais de 170 milhões de usuários americanos para atividades de espionagem, algo negado pelo TikTok.
A pressão sobre o TikTok nos EUA não é nova. Desde o governo Trump, a plataforma enfrenta críticas e tentativas de banimento. Em 2021, Biden reverteu a decisão do antecessor de banir o aplicativo, mas ordenou uma investigação sobre o tratamento dos dados dos usuários.
O presidente Trump, em entrevista à CNBC, reiterou que considera o TikTok uma ameaça à segurança nacional, embora sugira que o banimento só beneficiaria a concorrente Meta, proprietária do Facebook e Instagram.
O TikTok afirmou que contestará a lei nos tribunais, argumentando que investiu milhões para garantir a segurança dos dados nos EUA. “Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos”, declarou a empresa, comprometendo-se a continuar investindo e inovando para manter um espaço seguro para os usuários compartilharem experiências e se inspirarem.