Mulher toma vacina no Rio de Janeiro – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Ministério da Saúde informou na última segunda-feira, 17 de fevereiro, que vai começar a disponibilizar vacina e medicamento contra o vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da maioria dos casos de bronquiolite em crianças.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) já havia recomendado a inclusão das duas estratégias, sendo elas a vacina Abrysvo, da Pfizer, e o anticorpo monoclonal Beyfortus (nirsevimabe), da Sanofi, na quinta-feira, 13 de fevereiro.

Segundo a comunicação feita pelo Ministério, essa é uma medida para diminuir a mortalidade infantil relacionada ao vírus, por meio da imunização ativa de gestantes e bebês prematuros. 

Dados disponibilizados pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) mostram que o vírus é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e até 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos.

“Com a incorporação do nirsevimabe, a expectativa é ampliar a proteção para 300 mil crianças a mais do que o protocolo atual. Já a vacina para gestantes tem potencial para beneficiar cerca de 2 milhões de nascidos vivos”, informou a pasta, em nota à imprensa.

Antes da nova inclusão, a prevenção do VSR feita pelo SUS era feita com o palivizumabe, um medicamento para bebês prematuros extremos (de até 28 semanas de gestação) e crianças com até dois anos de idade com doenças pulmonares crônicas ou cardiopatia congênita grave.

Sobre a vacina

A vacina Abrysvo é recomendada a idosos e bebês, grupos que são mais vulneráveis às infecções originadas pelo VSR. No segundo grupo, a aplicação é feita em gestantes que estejam entre o segundo e o terceiro trimestre.

Em um estudo de fase 3 voltado para gestantes e seus bebês, a vacina conseguiu prevenir 82% dos casos graves de doenças respiratórias causadas pelo VSR em crianças de até três meses e 69% nos bebês de até seis meses. 

Já entre os idosos com 60 anos ou mais, a vacina teve uma eficácia de 85,7% na proteção contra formas graves da doença.

Quando se trata do nirsevimabe, o anticorpo monoclonal desenvolve proteção imediata contra o VSR, sem precisar de outros estímulos no sistema imunológico para produzir seus próprios anticorpos. 

A implementação das estratégias deve ser oficializada em breve, por meio de publicação de uma portaria no Diário Oficial. “É um marco da nossa política de imunização e no cuidado de gestantes e bebês”, destaca a ministra da saúde, Nísia Trindade.

O que é o VSR?

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um dos principais causadores de infecções respiratórias, especialmente em bebês, crianças pequenas e idosos.

Ele pode provocar desde sintomas leves, como os de um resfriado comum, até quadros graves, como bronquiolite e pneumonia.

O VSR é altamente contagioso e se espalha por gotículas respiratórias ao tossir, espirrar ou tocar superfícies contaminadas. Nos grupos de risco, a infecção pode ser mais severa, exigindo internação.

InfoMoney

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