A 17ª sessão ordinária do 2º período legislativo de 2024 da Câmara Municipal de Parelhas, no Seridó potiguar, gerou amplo debate na quinta-feira, 28 de novembro. O tema controverso foi a leitura do Requerimento nº 272, que solicita a criação de um auxílio-alimentação para vereadores e servidores da Casa Legislativa. A proposta, assinada por sete vereadores do PSDB, despertou críticas da população, tanto local quanto de cidades vizinhas.
Detalhes do Requerimento e a polêmica
A secretária Evaneide Araújo de S. Mendonça, uma das autoras do requerimento, apresentou o texto em plenário, sob a presidência de Alyson Wagner de Oliveira. O pedido propõe que a Mesa Diretora elabore um Projeto de Resolução para instituir o benefício.
Entretanto, a medida foi recebida com indignação. Entre os argumentos contrários, muitos cidadãos destacaram que os parlamentares já recebem um alto subsídio mensal, considerado incompatível com a realidade econômica de uma cidade pequena como Parelhas.
Ver esta publicação no Instagram
Reação popular
Na página do YouTube da Câmara, onde as sessões são transmitidas, comentários críticos se multiplicaram. Um dos internautas escreveu: “Vocês deviam era ter vergonha na cara em pensar em auxílio quando vão ganhar 9 mil e 500 reais.”
A crítica reflete o sentimento de insatisfação, principalmente em um contexto de dificuldades econômicas que afetam grande parte da população. O contraste entre os altos salários dos vereadores e a precariedade enfrentada por muitos munícipes gerou indignação e levantou questionamentos sobre as prioridades da Casa Legislativa.
Reflexo em outros municípios
A polêmica não se restringiu a Parelhas. Cidadãos de municípios vizinhos também comentaram o episódio, considerando a medida como desnecessária e inoportuna. Para muitos, a aprovação de um auxílio para vereadores que já possuem salários expressivos reforça uma desconexão entre os legisladores e a realidade enfrentada pela população.
Contexto político e social
O debate sobre privilégios e benefícios no setor público não é novo, mas chama atenção pela crescente insatisfação da sociedade com o uso de recursos públicos. A população espera que as discussões na Câmara priorizem políticas que impactem positivamente o município, em vez de iniciativas que possam ser interpretadas como privilégio de classe política.
A proposta do auxílio-alimentação levanta questões sobre a responsabilidade dos vereadores em representar os interesses da comunidade e sobre a necessidade de maior transparência e engajamento nas decisões legislativas.