No dia 30 de julho, um trágico acidente ocorreu em Fortaleza, ceifando a vida do economista Cláudio Henrique Pereira D’Alencar, de 46 anos. O fatídico incidente aconteceu no cruzamento da Avenida Rui Barbosa com a Rua João Carvalho, no bairro Aldeota, deixando ainda uma amiga universitária gravemente ferida. O que torna este caso ainda mais preocupante é a velocidade estimada do carro da empresária envolvida no acidente, que atingiu impressionantes 101 quilômetros por hora, conforme revelado pelo laudo da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).

Laudo pericial do acidente

Após a divulgação do laudo pericial, as partes envolvidas neste triste episódio têm debatido intensamente as implicações legais e as responsabilidades relacionadas ao acidente. A família do economista Cláudio Henrique Pereira D’Alencar exige que a empresária Hermelinda Raquel Rebouças da Silva, de 41 anos, responsabilize-se pela morte do economista. No entanto, a defesa da empresária alega que o laudo pericial não é conclusivo, apontando uma considerável margem de erro nas estimativas de velocidade.

O laudo da Pefoce baseou-se na análise das imagens do acidente, capturadas por câmeras de segurança de estabelecimentos próximos e pelo monitoramento da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS). Os resultados apresentaram um índice de 95% de confiança. A margem de erro é 2,84 quilômetros para mais ou menos quanto à velocidade do veículo Jeep e de 0,61 quilômetro para o Voyage.

A advogada Erin Pamplona, representando a família da vítima, argumenta que o laudo pericial derruba a tese da defesa da empresária. Ela ressalta que as velocidades nas vias urbanas de Fortaleza geralmente não ultrapassam 50 quilômetros por hora. Dessa maneira, a marca de 101 km/h, torna ainda mais questionável, especialmente considerando que o acidente ocorreu por volta das 5 horas da manhã.

Defesa insiste que empresária não estava errada

A defesa da empresária insiste que o economista foi o causador do acidente, já que ultrapassou o sinal vermelho. Argumentando assim, que a legislação de trânsito brasileira não permite relativizações desta norma em qualquer horário do dia. Por outro lado, a assistente de acusação alega que a baixa velocidade do carro do economista estava de acordo com as regulamentações da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) de Fortaleza, que permite velocidades reduzidas durante a madrugada.

Após o acidente, a empresária Hermelinda Raquel foi presa, autuada em flagrante por embriaguez ao volante e liberada após pagar fiança de R$ 2 mil, uma vez que o teste de bafômetro apontou resultado positivo. A família do economista continua acompanhando o inquérito, conduzido pela Delegacia do 2º Distrito da Polícia Civil, com o objetivo de responsabilizar a empresária por conduzir o carro em velocidade muito acima do limite permitido, buscando justiça para a trágica perda de Cláudio Henrique Pereira D’Alencar.

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