O torcedor brasileiro sofreu, mais uma vez, com os acréscimos nas Olimpíadas. Depois de ver a seleção feminina segurar a França por 19 minutos no segundo tempo, foram 18 na vitória contra a Espanha, na semifinal. Tudo isso faz o Brasil chegar à decisão da medalha de ouro com 114 minutos a mais adicionados pelo árbitro.
Ao todo, o time de Arthur Elias jogou cerca de 564 minutos em seus cinco jogos nas Olimpíadas. É quase o mesmo tanto do rival da final, os Estados Unidos, que chegam à decisão com 573 minutos, mas depois de passar por duas prorrogações no mata-mata.
Os acréscimos nos jogos do Brasil:
- Brasil 4 x 2 Espanha: 6|1ºT e 18|2ºT (24)
- Brasil 1 x 0 França: 6|1ºT e 19|2ºT (25)
- Brasil 0 x 2 Espanha: 10|1ºT e 20|2ºT (30)
- Brasil 1 x 2 Japão: 5|1ºT e 11|2ºT (16)
- Brasil 1 x 0 Nigéria: 10|1ºT e 9|2ºT (19)
- Total: 37|1ºT e 77|2ºT (114)
- Média: 7,4|1ºT e 15,4|2ºT (22,8)
Os 114 minutos a mais representam “um jogo” a mais para o Brasil, que fez suas cinco partidas nas Olimpíadas em um intervalo de 12 dias. A seleção feminina tem uma média de 23 minutos de acréscimos na competição, ou seja, 11,5 por cada tempo.
O exagero no tempo adicional é padrão no futebol de Paris 2024. Mas os jogos da seleção brasileira têm acréscimos acima da média. Até aqui, foram 830 minutos a mais em 54 partidas nos torneios masculino e feminino das Olimpíadas. Isso dá uma média de 15,37 minutos por jogo.
Acréscimos no futebol das Olimpíadas 2024
- FUTEBOL MASCULINO
498 minutos
30 jogos
Média de 16,6 minutos por jogo - FUTEBOL FEMININO
362 minutos
24 jogos
Média de 15 minutos por jogo - TOTAL
830 minutos
54 jogos
Média de 15,37 por jogo
A média aferida pelo ge, a partir dos dados disponibilizados pela Fifa, considera apenas o tempo normal das partidas, sem contar as prorrogações. Os 830 minutos representam nove jogos “a mais” em tempo adicionado pelos árbitros.
Por que tantos acréscimos?
O que tem se visto na Olimpíada é a aplicação mais rigorosa de algo que ficou evidente desde a Copa do Mundo do Catar, em 2022: tudo o que for perda de tempo com substituições, atendimentos médicos, faltas, e checagens do VAR devem ser compensadas com tempo de acréscimo – sem importar quanto tempo seja acrescido ao jogo.
Segundo o ge apurou, há uma preocupação especial com cera, com a demora para a reposição da bola e com tudo o que seja entendido como demora deliberada para reduzir o tempo de jogo. A ideia é combater essas artimanhas com a mensagem de que elas não terão efeito prático – porque o tempo supostamente ganho será acrescido ao final das partidas.
Brasil e Estados Unidos se enfrentam no próximo sábado, às 12 (de Brasília), no estádio Parque dos Príncipes, em Paris, na final do futebol feminino das Olimpíadas. A decisão do bronze é nesta sexta, às 10h (de Brasília), em Lyon, entre Alemanha e Espanha.