A Polícia Civil de São Paulo solicitou a prisão preventiva de quatro indivíduos associados à empresa paraibana Braiscompany. Os alvos dos pedidos são os sócios da empresa, Antônio Ais e Fabrícia Farias, além dos funcionários Mizael Moreira Silva e Karla Roberta Pereira Alves.
Dos quatro mencionados pela Polícia Civil paulista, três já possuem condenação na Justiça Federal da Paraíba. Antônio Ais e Fabrícia Farias, os sócios, receberam sentenças de 88 anos e 7 meses, e 61 anos e 11 meses de prisão, respectivamente. A justiça condenou Mizael Moreira da Silva a 19 anos e 6 meses de prisão.
Atendendo a uma solicitação do Ministério Público de São Paulo, encaminharam o caso para Campina Grande.
A Braiscompany, com sede em Campina Grande e filiais em várias cidades do Brasil, foi alvo de investigações desde 2022. Foi quando a Polícia Federal na Paraíba começou a apurar um esquema de pirâmide que teria movimentado entre R$ 1,5 e R$ 2 bilhões.
O relatório final da Polícia Civil de São Paulo classifica a Braiscompany como uma “empresa de pseudoinvestimento”, justificando os pedidos de prisão com base na garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal.
Investigações sobre a Braiscompany
As investigações apontam que o casal Fabrícia e Antônio adquiriu diversos bens de alto valor durante o período investigado, sugerindo uma “quantia volumosa movimentada durante um relativo curto período de tempo” e uma possível estratégia de ocultação de fundos adquiridos de forma ilícita.
De acordo com os investigadores, a Braiscompany oferecia a venda de criptomoedas com a promessa de um retorno financeiro de cerca de 8% ao mês, uma taxa considerada irreal para os padrões usuais de mercado.
A empresa foi então alvo de uma operação da Polícia Federal em fevereiro de 2023, denominada Operação Halving, que visava combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. A polícia realizou as ações em várias cidades, incluindo Campina Grande, João Pessoa e São Paulo.
A Braiscompany, então idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, prometia um retorno financeiro de aproximadamente 8% ao mês. Contudo milhares de pessoas investiram suas economias na empresa, atraídas pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos. Segundo a Polícia Federal, os sócios movimentaram cerca de R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos.