A justiça condenou Arnóbio Cavalcante a 37 anos e dois meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de sua ex-mulher Joana Mendes com 32 facadas em 2016. O juiz Yulli Rotter conduziu o julgamento, que começou na segunda-feira, 1 de abril, e proferiu a sentença na madrugada desta terça-feira, 2 de abril.

Durante o júri, Arnóbio permaneceu em silêncio e se recusou a responder às perguntas do juiz e da promotoria. O réu chegou até mesmo a dizer que dispensaria seu advogado, mas, ao saber que um defensor público seria chamado para continuar o julgamento, ele voltou atrás em sua decisão.

A família de Joana Mendes, que compareceu então ao tribunal com esperanças de uma condenação por feminicídio, expressou sua dor e indignação. “Ele deu 32 facadas na minha irmã, ela não teve chance de defesa. Depois, ele a abandonou sozinha e ela sangrou até a morte. Que ele pague pelo mal que fez com a minha irmã e contra a minha família”, afirmou Júlia Mendes, irmã da vítima.

A prisão do condenado

Arnóbio Cavalcante se entregou na delegacia de Atalaia, interior do estado, em cumprimento a um mandado judicial, e foi preso. Contudo segundo relatos da família, o relacionamento entre o casal sempre foi abusivo, e Arnóbio não aceitava o fim do relacionamento. O crime ocorreu no Conjunto Santo Eduardo, no bairro do Poço, e o acusado confessou o assassinato, alegando, na época, não se lembrar dos detalhes.

Durante o processo, diversas testemunhas relataram ainda mais que Arnóbio era violento e que o casal estava em processo de divórcio. O réu marcou um encontro com Joana para discutir um acordo de pensão para o filho do casal, que na época tinha apenas dois anos de idade. Arnóbio teve a prisão preventiva decretada logo após o crime, mas em junho de 2021, a defesa conseguiu revogar a prisão preventiva, permitindo que ele aguardasse o julgamento em liberdade, sob medidas cautelares.

Blog do Halder

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