Uma criança de 4 anos sofreu maus-tratos no Centro Integrado de Educação Infantil (CIEI) Bem-Me-Quer, em Fernando de Noronha. A criança teve as mãos presas e a boca colada com fita adesiva pela professora. Após contar o ocorrido à família, os parentes procuraram a direção da instituição e exigiram providências imediatas.

Reação e medidas imediatas

Além da professora, duas assistentes estavam presentes na sala de aula e testemunharam o caso, mas não intervieram. Em resposta, as três educadoras foram afastadas de suas atividades na escola. A ata da reunião realizada no Centro Bem-Me-Quer confirmou que a professora confessou ter amarrado as mãos da criança e não se lembrava se colou a fita na boca. A docente pediu desculpas aos familiares durante o encontro.

Envolvimento das autoridades

Representantes do Conselho Tutelar, integrantes do Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAPP), a direção do centro educacional, a professora e as assistentes participaram da reunião para esclarecer os fatos. Magali Marinho, presidente do Conselho Tutelar, afirmou que o caso está sendo investigado. Ela ressaltou a importância de aguardar o desenrolar da investigação, já que envolve uma criança.

A Administração da Ilha, responsável pelo Centro Bem-Me-Quer, afirmou que tomou conhecimento do fato e imediatamente acionou a família do aluno e o Conselho Tutelar. Além disso, foi aberto um Processo Administrativo Específico (PAE) para esclarecer os detalhes do ocorrido.

Outro caso de maus-tratos

Esse não foi o único incidente envolvendo a creche Bem-Me-Quer. A mãe de outro aluno, Dayse Santana, relatou que seu filho de 4 anos voltou da escola com hematomas nas costas no dia 26 de abril. Ao questionar as professoras sobre o motivo dos hematomas, recebeu a resposta de que elas não sabiam o que havia acontecido.

Dayse Santana levou o caso à coordenação da escola, que prometeu analisar as imagens das câmeras de segurança, mas até hoje as imagens não foram divulgadas. A mãe registrou uma denúncia ao Conselho Tutelar e ao coordenador de Educação da Administração de Fernando de Noronha, mas não obteve resposta.

Investigação em curso

Magali Marinho confirmou que a denúncia está então em fase de investigação. A Administração de Fernando de Noronha reconheceu o caso e afirmou que a situação foi acompanhada pela Superintendência de Educação e pela gestora do CIEI Bem-Me-Quer.

A mãe relatou que o filho disse ter caído no banheiro da creche durante o banho, mas a assistente responsável e as demais profissionais presentes no momento afirmaram não ter presenciado a queda. Mesmo assim, a direção da unidade escolar afastou a colaboradora envolvida e encaminhou o caso para o Conselho Tutelar.

Enfim, este caso sublinha a importância de medidas rigorosas para garantir a segurança e o bem-estar das crianças em instituições de ensino. As investigações continuam, e a comunidade aguarda respostas e justiça para os envolvidos.

Blog do Halder

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