Homem cuida da elefanta Madhubala, reunida com a irmã Sônia, no zoológico de Karachi — Foto: Asif HASSAN / AFP

O parque animal de Karachi, a grande cidade do sul do Paquistão, anunciou a morte de uma elefanta que tinha acabado de se reunir com uma das suas irmãs, enquanto o destino dos paquidermes em cativeiro é examinado minuciosamente por ativistas dos direitos dos animais.

O diretor do parque, Syed Amjad Hussain Zaidi, disse à AFP que realizará uma autópsia nos próximos dias.

A elefanta Sônia “estava bem” no seu último exame de saúde há cerca de dez dias, disse ele, observando que a ONG austríaca Four Paws a visitou no final de novembro.

Questão delicada

A questão é delicada no Paquistão, onde os maus-tratos aos animais são comuns.

Em 2012, Kaavan, um paquiderme obeso de 35 anos, mantido no zoológico de Islamabad, comoveu o mundo inteiro. A cantora americana Cher fez campanha para retirá-lo de seu apertado recinto de concreto para uma reserva no Camboja. Ele era o único elefante asiático do país e vivia sozinho desde a morte de seu companheiro Saheli, em 2012.

Em 2009, quatro elefantas — irmãs capturadas muito jovens na natureza — chegaram ao Paquistão.

Noor Jehan e Madhubala ingressaram no zoológico de Karachi, que, segundo a Four Paws, não atende aos padrões internacionais. O parque animal da cidade cuidaram de Malika e Sônia que, conforme ativistas dos direitos dos animais, oferece melhores condições para os animais.

Em abril de 2023, o zoológico anunciou a morte de Noor Jehan aos 17 anos. Four Paws acusou a equipe médica do zoológico de falhas e exigiu a transferência de Madhubala para o parque.

Quinze anos após a separação, as três irmãs ainda vivas finalmente se reuniram há menos de duas semanas.

— Hoje, depois da morte da Sônia, restam dois elefantes — disse o diretor do parque.

O Globo

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