Nesta semana, dois blocos de clubes que competem na Série A e B do futebol brasileiro, conhecidos como Liga Forte Futebol e Grupo União, firmaram um contrato histórico. Eles venderam 20% de seus direitos comerciais pelos próximos 50 anos a um grupo de investidores. O grupo inclui a gestora de recursos Life Capital Partners (LCP), o fundo General Atlantic e a XP. Vale ressaltar que o fundo Serengeti, que inicialmente fazia parte dessa negociação, se retirou do acordo. Esse contrato envolve as receitas que esses clubes gerarão no período de 2025 a 2075.

Os investidores selaram esse negócio por aproximadamente R$ 2,6 bilhões, que distribuirão entre os clubes conforme critérios preestabelecidos. Cerca de metade desse montante será pago já nesta quarta-feira, 1º de novembro. No entanto, a outra metade será dividida em duas parcelas: uma daqui a um ano e outra dentro de dois anos.

Os clubes da Série A envolvidos nesses dois blocos, que receberão cerca de R$ 900 milhões imediatamente, são: Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico-PR, Botafogo, Coritiba, Goiás, Fortaleza, América-MG e Cuiabá. É importante destacar que a quantia a ser paga será ajustada para levar em conta adiantamentos anteriores feitos pela XP a clubes como Botafogo, Ceará, Coritiba, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza e Vasco.

Clubes da Série B

Por outro lado, os clubes da Série B que deveriam receber cerca de R$ 400 milhões imediatamente tiveram metade desse valor retido devido a contratos vigentes que vão além de 2025. Tal qual, o contrato de transmissão da Série B vendido até 2026 para a Brax, que possui um direito de preferência na renovação desse contrato. Portanto, os clubes da Série B receberão imediatamente R$ 200 milhões. A forma como esses contratos serão encerrados ou renegociados determinará o pagamento dos R$ 200 milhões restantes.

Sendo assim, os clubes da Série B que fazem parte da Liga Forte e assinaram este contrato incluem: Sport, Ceará, Avaí, Chapecoense, Juventude, Atlético-GO, Criciúma, CRB, Vila Nova, Londrina, Tombense, Figueirense, CSA e Operário. Um clube, o Brusque, que subiu da Série C e competirá na Série B em 2024, optou por não vender 20% de seus direitos. O time catarinense considerou os valores baixos.

Forte Futebol, Grupo União e os investidores

Os investidores, incluindo o fundo General Atlantic, que se uniram a esse grupo de clubes, vão receber 20% das receitas dos clubes provenientes da venda de direitos de TV pelos próximos 50 anos.

Dessa forma, esse contrato é mais um passo em direção à formação de uma liga que organize o Campeonato Brasileiro. Os clubes da Liga Forte Futebol e do Grupo União que participaram deste acordo estão seguindo essa tendência de negociar conjuntamente os direitos comerciais.

Em paralelo, os clubes da Libra, que competem na Série A, estão em conversas para vender seus direitos para o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes. Embora, as negociações não estejam tão avançadas como estiveram anteriormente.

Assim, a criação de uma liga consolidada depende da união de 40 clubes das Séries A e B sob uma mesma entidade organizadora do campeonato.

Caso essa aproximação não seja viável, é provável que os clubes se agrupem em blocos para negociar conjuntamente os direitos comerciais.

Blog do Halder

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