O que é a ‘Garganta do Diabo’? Entenda nome da região onde embarcação com sete pessoas naufragou, em São Vicente (SP) — Foto: Reprodução/Google

O Corpo de Bombeiros segue com as buscas por uma das duas vítimas desaparecidas no naufrágio de uma lancha em São Vicente (SP), na noite do último domingo. Nesta quarta-feira, o Corpo de Bombeiros anunciou ter encontrado o corpo de Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos. Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37, ainda não foi localizada. O incidente com a embarcação “La Linda” aconteceu em uma região conhecida como Garganta do Diabo, marcada por suas características de navegação difícil e histórico de incidentes.

Garganta do Diabo – onde fica?

A Garganta do Diabo está localizada entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Portanto, o local é um estreitamento marítimo entre a região da Baía de Santos e a Baía de São Vicente.

Por suas características, tem particularidades que tornam a navegação difícil e perigosa, devido ao aparente estrangulamento do fluxo das marés, com possibilidade de ondas altas e mar mais revolto.

Conforme disse o presidente do Instituto Histórico Geográfico de Santos, Sergio Willians, à TV Tribuna, a origem do apelido “Garganta do Diabo” está nas diversas lendas urbanas surgidas a partir das características peculiares da região, como a teoria de que o local “engolia” barcos.

Além de Beatriz Faria, encontrada sem vida, e Aline Amorim, ainda desaparecida, outros cinco passageiros foram resgatados com vida do naufrágio.

“Um inquérito administrativo foi instaurado a fim de investigar as possíveis causas e responsabilidades pelo acidente. Cabe ressaltar que não houve registro de poluição hídrica resultante do afundamento da embarcação”, disse a Marinha por meio de nota.

Festa na lancha

Eles estavam em uma festa na lancha, mas sofreram o acidente durante o transporte de volta à terra, em um barco menor. A embarcação tinha sete pessoas a bordo e afundou. Resgataram cinco vítimas, sendo três mulheres e dois homens.

Aline Tamara Amorim mora em São Paulo e tinha ido para uma festa em uma lancha com duas amigas e publicou imagens na embarcação nas redes sociais. Ela tem um filho de 17 anos, que está em São Vicente acompanhando as buscas junto com os tios.

Já Beatriz Tavares estava na festa com outras pessoas, e acabou conhecendo Aline e as amigas dela na embarcação, conforme informado pelo Corpo de Bombeiros.

Levaram os demais sobreviventes pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Pronto-Socorro Central de São Vicente para avaliação médica.

Em nota, a Marinha do Brasil afirmou que um inquérito administrativo foi instaurado para investigar as possíveis causas e responsabilidades pelo acidente. “Cabe ressaltar que não houve registro de poluição hídrica resultante do afundamento da embarcação”, complementou.

O Globo

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