O médico ortopedista baiano Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, que foi tragicamente assassinado junto com dois amigos em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, é lembrado por sua dedicação à medicina e sua atuação exemplar na área da ortopedia.

Natural de Jequié, no sudoeste da Bahia, Perseu Almeida também exercia sua profissão em Ipiaú, no sul do estado, onde atendia na clínica Cliort, uma unidade de saúde da qual sua família era proprietária.

Blog do Halder: Três médicos morreram em quiosque da Barra da Tijuca

O médico, que completou 33 anos na terça-feira (3), deixou um legado de carinho e cuidado com seus pacientes. Ednaldo Santos, amigo próximo de Perseu Almeida, descreveu-o como uma pessoa alegre e generosa, sempre disposta a ajudar os outros. Ele destacou que Perseu não se limitava a atender apenas aqueles que podiam pagar por seus serviços, mostrando sua preocupação com o bem-estar de todos.

Além de seu compromisso com a medicina, Perseu Almeida (com a camisa do Bahia, na foto) era um homem de família. Casado e pai de dois filhos, uma menina de 3 anos e um menino de 11, ele equilibrava sua vida profissional com sua dedicação à esposa e aos filhos, ou seja, era um pai dedicado.

Sua formação médica ocorreu no Instituto Mantenedor de Ensino Superior da Bahia (UniFTC), onde se graduou em 2017. Posteriormente, Perseu concluiu sua residência médica em Ortopedia e Traumatologia pelo COT/Martagão, tornando-se um especialista na área. Sua carreira médica incluiu passagens pelo Hospital Cárdio Pulmonar, em Salvador, e por outras unidades de saúde no interior da Bahia.

Médico Perseu Ribeiro era especialista em cirurgia do pé e tornozelo

O médico Perseu Ribeiro também era especialista em Cirurgia do Pé e Tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, demonstrando seu comprometimento com o aprimoramento profissional.

Os colegas ortopedistas Daniel Sonnewend Proença, Diego Ralf Bomfim e Marcos de Andrade Corsato estavam com Perseu no momento do crime, e apenas Daniel Proença sobreviveu, embora tenha sido gravemente ferido. Eles tiraram uma foto juntos momentos antes do ataque, lembrando do médico que estava vestindo a camisa do Bahia, time de seu coração.

A morte de Perseu Almeida gerou uma onda de pesar e indignação. O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) lamentou profundamente o ocorrido, expressou sua solidariedade aos amigos e familiares do médico e destacou a importância de que o crime não fique impune. A prefeitura de Ipiaú, onde Perseu prestou serviços médicos com dedicação, também manifestou condolências e reconhecimento pelo seu comprometimento com a comunidade local. Nesse meio tempo, o Bahia, clube do coração de Perseu, divulgou uma nota de pesar, repudiou a violência e ofereceu sua solidariedade aos entes queridos.

Em suma, um vazio grande, é o que a comunidade médica e os que conheciam vão sentir depois da quarta-feira, 4 de outubro de 2023.

Investigação

O caso segue sob investigação das autoridades policiais do Rio de Janeiro, que acreditam em uma execução devido à forma como o crime ocorreu. A polícia ainda não prendeu nenhum suspeito, e testemunhas relataram que os criminosos não proferiram palavras durante o ataque, que incluiu pelo menos 30 disparos.

Lembranças

Lembraremos Perseu Ribeiro Almeida não apenas por sua competência profissional, mas também por sua generosidade e dedicação à medicina e à sua família. Aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e receber seu tratamento médico manterão vivo seu legado de cuidado e compromisso.

Blog do Halder

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *