Mistério desvendado – Durante muitas décadas, a teoria que mais tinha força apontava para um sumiço espontâneo: Alfred Swinscoe cansou da esposa e dos seis filhos e resolveu viver uma outra realidade longe da família, de Derbyshire (Inglaterra).
O fato concreto era que o mineiro havia desaparecido após ir ao seu bar predileto.
Com o passar do tempo e nenhum sinal de Alfred, o assunto virou um tabu na família. Russell Lowbridge cresceu sabendo que nunca deveria perguntar o que aconteceu com o seu avô, contou o “Daily Mirror”.
Porém, ao navegar nas redes sociais em abril do ano passado, Russell se deparou com uma postagem da polícia sobre um corpo que havia sido desenterrado numa fazenda da região. Ao ver algumas imagens do caso, o inglês ficou chocado: o par de meias trocadas eram exatamente igual àquele que Joe estava usando na última noite em que fora visto vivo.
Brincando com meias
Russell, que costumava brincar, quando era criança, com as meias deixadas em casa pelo avô, entrou em contato com a polícia. Um exame de DNA logo confirmou que o corpo era mesmo de Alfred.
“Ele foi assassinado de forma bastante cruel. Houve traumatismo contundente na cabeça e traumatismo contundente nas linhas da mandíbula, então pode ter sido a ponta de uma pá e possivelmente uma facada depois”, relatou o neto. “Eles disseram que ele lutou pela vida. Havia sinais de uma mão quebrada, como se ele tivesse dado um bom gancho de direita em alguém. E eles encontraram traumas em suas costelas e costas, como se ele estivesse lutando com alguém e eles o estivessem socando nas costelas. A polícia acredita que ele foi deixado em algum lugar por uma semana ou mais antes de enterrá-lo, porque faltavam dedos e costelas, como se ele tivesse sido comido por raposas e texugos. Quem o matou voltou para garantir que ele nunca fosse encontrado”, acrescentou.
O bosque onde o corpo de Alfred foi encontrado era um local conhecido por relações gays. Isso nos anos 1960, um período em que a homossexualidade era ilegal.
“Eles o enterraram lá porque sabiam que ninguém ousaria relatar nada suspeito à polícia? Ou o avô descobriu que o homem que o matou era gay e ele foi morto”, questionou Russell.
Talvez o maior golpe, no entanto, tenha sido descobrir quem a polícia acredita serem os dois principais suspeitos. Ambos mortos, eles não podem ser nomeados, mas Russell é um bom amigo dos netos dos dois supostos assassinos do seu avô.
“Eles são pessoas com quem tenho contato diário. Foi um golpe e tanto, na verdade”, desabafou.
Mistério desvendado e assim a família finalmente enterrou Alfred
Em janeiro, a família finalmente enterrou Alfred num cemitério de Sutton-in-Ashfield.
“Alfred morreu da maneira mais horrenda que se possa imaginar. Ele não apenas sofreu ferimentos violentos, mas foi enterrado em um campo para que ninguém o encontrasse. O que torna esse crime ainda mais angustiante é que levou mais de 50 anos para que seus restos mortais fossem encontrados e para que sua família se reunisse com seu ente querido para que ele pudesse ter um enterro adequado”, declarou o chefe assistente de polícia de Nottinghamshire, Rob Griffin. “Claro, haverá pouco alívio para sua família, pois ainda há muitas perguntas sem resposta sobre o que aconteceu naquela noite e o motivo por trás de seu assassinato. Muitas das pessoas que estariam com Alfred naquela noite, ou conheciam Alfred, não estão mais vivas e talvez nunca tenhamos uma visão completa do que ocorreu em janeiro de 1967”, completou a autoridade.
