Um caso de violação de privacidade e exposição indevida de mulheres vem à tona em Fortaleza. Clientes de uma clínica de estética no bairro Messejana denunciaram terem sido filmadas sem autorização pela proprietária do estabelecimento, Val Silveira. As imagens comprometedoras foram indevidamente compartilhadas nas redes sociais, resultando em uma denúncia às autoridades.

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De acordo com informações obtidas, as vítimas afirmam que as filmagens ocorriam enquanto elas se trocavam ou aguardavam procedimentos na clínica. Val Silveira, por sua vez, alega ter sido vítima de uma quadrilha que instalou aplicativos de controle em seu celular. No entanto, as clientes afirmam que as filmagens eram frequentes e sem consentimento.

A Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou que está investigando o caso, que envolve possíveis crimes contra a dignidade sexual, praticados em ambiente virtual. A Delegacia de Defraudações e Falsificações também ressalta que Val Silveira registrou um boletim de ocorrência alegando ter tido seu perfil invadido.

Mulheres são filmadas sem consentimento

A exposição das imagens começou na segunda-feira, 11 de dezembro. Os perfis da proprietária da clínica passaram a publicar as imagens comprometedoras das clientes. Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, relatou frequentar a clínica há cerca de dois meses para serviços de drenagem após uma cirurgia no abdômen.

Mulheres numa clínica
Mulheres denunciaram er sido gravadas nuas ou seminuas sem autorização — Foto: Reprodução

A mulher afirma que as filmagens ocorriam sem o conhecimento das clientes. Já Val Silveira justificou-se, alegando que seu celular foi invadido. Contudo, a vítima rebate dizendo que há filmagens em que ela não está olhando para a câmera. Dessa maneira, sugere que as gravações eram feitas sem autorização.

Val Silveira, por sua vez, alega ser vítima de extorsão por um homem com quem mantinha um relacionamento online. A versão apresentada pela empresária difere do que consta no boletim de ocorrência, no qual ela afirma que a quadrilha instalou aplicativos em seu celular, permitindo o controle total do dispositivo.

As mulheres filmadas, além de denunciarem a gravação sem consentimento, também expressam preocupação com a exposição nas redes sociais. Dessa forma, elas temem que os vídeos estejam circulando em outras plataformas.

O caso evidencia a importância da segurança digital e da proteção da privacidade das pessoas em ambientes virtuais. A investigação prossegue para apurar as circunstâncias do ocorrido e responsabilizar os envolvidos pelos crimes cometidos.

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