Nesta quarta-feira, enquanto as jogadoras brasileiras treinavam para a fase final da Liga das Nações, um sorteio em Bangkok definiu os grupos do torneio feminino de vôlei nas Olimpíadas de Paris. Líder do ranking mundial, o Brasil ficou no Grupo B, ao lado de Polônia, Japão e Quênia, escapando assim do temido “grupo da morte”.
Grupos do Vôlei Feminino nas Olimpíadas
- Grupo A: França, Estados Unidos, China e Sérvia
- Grupo B: Brasil, Polônia, Japão e Quênia
- Grupo C: Itália, Turquia, Holanda e República Dominicana
Histórico Recente
Recentemente, o Brasil venceu tanto a Polônia quanto o Japão na fase classificatória da Liga das Nações. A equipe comandada por José Roberto Guimarães garantiu a vaga olímpica ao derrotar o Japão no pré-olímpico de Tóquio no ano passado. O Quênia, treinado pelo brasileiro Luizomar de Moura, ocupa a 20ª posição no ranking mundial, sendo a seleção com o pior ranking entre as participantes dos Jogos de Paris.
Análises de Thaísa
A central Thaísa comentou sobre o sorteio e os desafios que a equipe enfrentará:
“Acho que estamos muito focadas. A gente tem dois times muito fortes. O Japão sempre tira nosso sangue, tem sido jogos muito difíceis. A Polônia vem ganhando de todo mundo, fazendo grandes partidas com jogadoras muito eficientes e muito constantes. O Quênia é um pouco mais abaixo do nível dessas duas equipes. As meninas estão muito focadas. Até arrepia, porque a gente tá muito determinada. Sabemos o que queremos.”
Desafios dos Outros Grupos
Grupo A
A França, anfitriã dos Jogos, enfrentará adversárias poderosas, como os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos, e a Sérvia, campeã mundial. A China, vice-campeã da Liga das Nações, completa o grupo.
Grupo C
No Grupo C, a Itália, vice-líder do ranking mundial, terá que enfrentar a Turquia, campeã da Liga das Nações, além de Holanda e República Dominicana.
Formato das Olimpíadas
Pela primeira vez, as Olimpíadas contarão com três grupos de quatro seleções cada. As duas melhores equipes de cada grupo, junto com as duas melhores terceiras colocadas, avançarão para as quartas de final. Até os Jogos de Tóquio, o formato consistia em dois grupos de seis equipes, com as quatro melhores de cada grupo avançando.
Histórico e Expectativas do Brasil
Preparação para Paris
Prata nas Olimpíadas de 2021, o Brasil chega a Paris como um dos favoritos ao ouro. Em 2024, a seleção fez a melhor campanha da história na fase classificatória da Liga das Nações, com 12 vitórias e nenhuma derrota, reconduzindo a equipe à liderança do ranking mundial.
José Roberto Guimarães
O técnico José Roberto Guimarães, até então o único brasileiro tricampeão olímpico, busca mais um ouro. Ele levou a seleção feminina ao topo do pódio em 2008 bem como em 2012 e a seleção masculina em 1992.
Determinação de Thaísa
Thaísa, única jogadora remanescente dos títulos em Pequim e Londres, destacou então a importância da determinação:
“Atleta de alta performance vai buscar desafios mais difíceis. Eu sempre fui assim. No treino, no jogo, quero fazer algo a mais, que me puxa. Caso alguém não tenha essa motivação pensando em Olimpíadas, está no lugar errado. Se você sonha com o ouro, dá 200%. Não tem como fazer menos do que isso, porque é um campeonato diferenciado. Se não for assim, é difícil de ganhar.”
Seletiva Histórica
A história do vôlei feminino olímpico inclui então grandes conquistas, com a União Soviética liderando com quatro ouros, seguida por China e Cuba com três, e Brasil e Japão com dois.
O Brasil tem então grandes expectativas e um histórico inspirador. Contudo agora, as atletas e a comissão técnica se concentram na preparação final para alcançar o ouro em Paris 2024.
