A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira, 11 de julho, o primeiro caso de Febre Oropouche na Paraíba. O paciente é um homem de 34 anos, residente em João Pessoa, que apresentou sintomas característicos da doença após retornar de uma viagem a Pernambuco. O diagnóstico foi finalmente confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen/PB).

Sintomas e Características da Febre Oropouche

Os sintomas da Febre Oropouche são similares aos de outras arboviroses como dengue, zika e chikungunya, incluindo febre súbita, dor de cabeça, dores musculares e articulares, tontura, dor nos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Contudo, é essencial que qualquer pessoa que apresente esses sintomas procure imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequados.

Caso Importado e Situação Atual na Paraíba

Segundo Carla Jaciara, técnica das arboviroses da SES, o caso confirmado é considerado importado, pois a infecção não ocorreu dentro do estado. O paciente manifestou sintomas três dias após retornar de sua viagem e, embora os exames para dengue, zika e chikungunya tenham sido negativos, o exame específico para Febre Oropouche foi positivo. Atualmente, o paciente está se recuperando em casa e apresenta boa saúde.

Transmissão e Prevenção

Diferentemente da dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Febre Oropouche é principalmente transmitida pelo mosquito maruim, também conhecido como “muruim”, comum na Paraíba. A transmissão ocorre através de mosquitos infectados, especialmente em áreas úmidas.

Nílton Guedes, chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, enfatiza então a importância de medidas preventivas como a limpeza de quintais e o uso de repelentes e roupas que cubram o corpo ao entrar em áreas onde o mosquito maruim está presente. A SES está realizando um trabalho de monitoramento do vetor em áreas identificadas como propícias para sua proliferação, especialmente nas regiões fronteiriças com Pernambuco.

Ação da SES e Orientações Futuras

Durante os meses de julho e agosto, a SES continuará monitorando e realizando ações preventivas nas áreas de potencial proliferação do mosquito maruim. A captura e avaliação do vetor ajudarão a identificar e controlar focos de proliferação. Especialmente em áreas de mangue, vegetação úmida, plantações e locais com depósitos de matéria orgânica.

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