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Homem mostra como ficou pager após explosão — Foto: Telegram/Reprodução

Dezenas de pagers dos integrantes do grupo armado Hezbollah explodiram nesta terça-feira, 17 de setembro, deixando mortos e feridos no Líbano. De acordo com o jornal The New York Times, os equipamentos tinham explosivos implantados por Israel.

📟Os pagers foram um meio de comunicação móvel desenvolvido nas décadas de 1950 e 1960. Ele se popularizou durante as décadas de 1980 e 1990, antes do crescimento do uso de celulares. No Brasil, eles ficaram conhecidos como “bipes”.

Esses equipamentos utilizavam transmissões de rádio para que as pessoas pudessem enviar e receber mensagens. Cada pager possuía um código – semelhante a um número de telefone.

Imagem de um pager (bipe) usado no Brasil na década de 1990. — Foto: Wikimedia Commons

Mas eles não faziam essa comunicação de forma direta, como enviar um WhatsApp ou um SMS.

Para se comunicar com alguém, a pessoa precisava ligar para uma central telefônica e informar a um atendente para qual número ela gostaria de enviar uma mensagem. O conteúdo deveria ser curto.

Feito isso, a mensagem aparecia na tela do pager do destinatário.

Esses dispositivos podiam ser unidirecionais, ou seja, só recebiam mensagens, ou bidirecionais, quando também respondiam, acrescenta Kim Rieffel, vice-presidente de Telecomunicações da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).

Pouco usado atualmente

Com o tempo e o desenvolvimento de outras tecnologias, os pagers caíram em desuso. Atualmente, seu uso está relacionado à redução dos riscos de invasões ou à minimização de suas consequências, de acordo com Rieffel.

“Isso acontece porque, diferente dos smartphones, os pagers não usam internet, mas sim ondas de rádio, o que dificulta a sua invasão. Ainda, o risco de exposição de dados após uma invasão de pagers é menor, já que eles não suportam muitas informações”, pontua o especialista.

Pagers do Hezbollah

Não há informações sobre qual é a tecnologia dos pagers utilizados pelo Hezbollah.

O que se sabe é que eles passaram a ser usados depois que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, pediu a seus combatentes, especialmente os que estão na linha de frente na fronteira sul do Líbano com Israel, que parassem de usar smartphones, porque o país vizinho poderia rastrear os aparelhos.

Os pagers não têm geolocalização.

De acordo com a Al Jazeera, fontes da segurança libanesa informaram que os pagers que explodiram foram importados pelo Hezbollah há 5 meses. Dentro dos equipamentos, identificaram cargas explosivas de menos de 50 gramas.

Um membro do Hezbollah disse à agência que os pagers esquentaram antes de explodir. A marca dos equipamentos não era comumente usada pelo grupo.

Após o incidente desta terça, o governo libanês pediu que todos os cidadãos que possuem pagers joguem os dispositivos fora imediatamente, segundo a agência de notícias estatal do Irã Irna.

G1

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