Três influenciadoras digitais foram alvos da operação “Garras Virtuais”, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás neste semanas para a investigação de crimes de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de capitais. Apelidadas de “patricinhas do Tigrinho”, Carol de Souza, Aline Reis e Tawane Alexandra tiveram seus endereços em Luziânia (DF), Cristalina (DF) e São José dos Campos (SP) revistados na última sexta-feira por agentes que cumpriam mandados de busca e apreensão. Segundo investigadores, a ostentação de itens de luxo e viagens internacionais nas redes sociais teriam levantado suspeitas de irregularidades.
Juntas, as “influencers” acumulam mais de 600 mil seguidores em seus perfis no Instagram, mas segundo a investigação, usavam da presença online para “enganar seguidores”. De acordo com a Polícia Civil, a exibição de “viagens frequentes, aquisição de bens de alto valor e compras em lojas de luxo” levantaram suspeitas pelos investigadores.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Rony Loureiro, afirmou que essas práticas representaram indícios de que as acusadas atuavam “incitando e incentivando as pessoas com simulações de jogos de ganhos, como o jogo do tigrinho. Ainda de acordo com ele, uma das investigadas, Aline Reis, era beneficiária do Bolsa Família até abril, e teria recebido neste ano cerca de R$ 4,5 mil do programa de assistência social do governo.
A investigação é conduzida pelo Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Luziânia e foi motivada pela alta da registros de vício em jogos de azar online. Durante a operação nesta sexta-feira, foram apreendidos veículos e itens de luxo, como calçados e bolsas de marcas importadas. Também foram determinados bloqueios dos bens das investigadas.
O GLOBO tentou contato com as influenciadoras, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue em aberto.