A Polícia Federal deflagrou a Operação Inside Out nesta terça-feira, 27 de agosto, focada em combater a corrupção e fraudes envolvendo recursos públicos no município de São Vicente do Seridó, na Paraíba. A operação investiga possíveis desvios de verbas, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro ocorridos entre 2018 e 2020.

As buscas foram realizadas na zona rural de São Vicente do Seridó e em dois bairros de Campina Grande, Jardim Tavares e Liberdade. Os investigadores passaram pelas casas da ex-prefeita, Maria Graciete Do Nascimento Dantas, e do seu marido, o ex-secretário de transportes do município. Também foram feitas buscas na casa do genro da prefeita, que é ex-secretário de administração e dono da empresa alvo da investigação.

O marido da ex-prefeita foi alvo de uma prisão em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

O g1 não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos investigados na operação até a última atualização desta notícia.

Em nota, a prefeitura de São Vicente do Seridó disse que colabora com as investigações, tendo, inclusive, repassado documentos nos anos de 2022 e 2023. Segundo a administração municipal, em 2021 foi identificado a ausência de arquivos físicos originais de processos licitatórios.

As investigações revelaram que a Prefeitura de São Vicente do Seridó contratou uma empresa de fachada para a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com recursos federais no valor de R$ 627.283,24.

Marido da ex-prefeita de São Vicente do Seridó, na PB, foi autuado em flagrante por estar com uma arma de fogo sem registro — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Durante a apuração, os investigadores descobriram que no local onde a empresa deveria operar funcionava, na verdade, uma padaria. Além disso, não foram encontrados funcionários registrados na época das obras da UBS.

A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal de Campina Grande. O Juízo Federal também determinou a quebra do sigilo fiscal da empresa envolvida.

Os envolvidos na operação poderão ser acusados de apropriação de verbas públicas, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem totalizar até 29 anos de prisão.

A operação recebeu o nome de “Inside Out”, simbolizando o acesso privilegiado de agentes públicos e associados a informações confidenciais para manipular licitações no município

G1 PB

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