O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, nesta terça-feira, 24 de setembro, o envio de tropas federais para realizar a segurança de locais de votação no primeiro turno das eleições municipais, que será realizado no dia 6 de outubro, nos municípios de Bayeux, Cabedelo e Fagundes.
As solicitações realizadas pelos juízes eleitorais das regiões, apontaram a existência de acirramento político, no caso de Fagundes e Cabedelo, e uma “guerra de facções” em Bayeux e Cabedelo. Os pedidos tiveram pareceres favoráveis da Procuradoria Regional Eleitoral.
Tropas Federais em outros estados
Os ministros do TSE aprovaram um pacote de 53 processos para garantir o envio de soldados das Forças Armadas para municípios dos estados de Tocantins, Piauí, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará, Maranhão, Acre, Mato Grosso, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, enfatizou que o objetivo desse auxílio é garantir que o processo eleitoral transcorra de forma ordeira e tranquila. Sendo assim, assegurar o cumprimento de determinações legais do pleito eleitoral. Ela destacou, ainda, que os pedidos são procedimentos normais para garantir o livre exercício do voto. Dessa maneira, manter a normalidade da votação e da apuração dos resultados do 1º turno das eleições em diversos estados.
A possibilidade de requisição do auxílio das Forças Federais pelo TSE está prevista na legislação desde 1965. O artigo 23, inciso XIV, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) estabelece que cabe privativamente ao TSE “requisitar Força Federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração”.
Portanto, os TREs devem encaminhar o pedido indicando as localidades e os motivos que justifiquem a necessidade de reforço na segurança. No entanto, tem que ter a anuência das secretarias de segurança dos respectivos estados.
Os pedidos aprovados pelo TSE se dirigem ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e pela execução das ações empreendidas pelas Forças Armadas.