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📅 Última atualização: sexta, 4 de julho de 2025 – 10h22
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O fim do Universo pode estar bem mais próximo do que se esperava. Isso é o que revelam cálculos de três cientistas holandeses sobre a chamada radiação Hawking. Esta radiação térmica é emitida por buracos negros devido a efeitos quânticos.

De acordo com a equipe, o fim do cosmos deverá ocorrer daqui a cerca de 10^78 anos (o número 1 seguido de 78 zeros). Antes, acreditava-se que o fim do Universo demoraria bem mais: só ocorreria dentro dos próximos 10^1100 anos (1 seguido de 1100 zeros). Vai aí, porém, uma boa notícia: terráqueos não estarão mais aqui para ver isso acontecer.

Divulgada na última segunda-feira, 12 de maio, a pesquisa será publicada em breve no periódico científico Journal of Cosmology and Astroparticle Physics. O artigo, ainda não revisado por especialistas independentes, já está disponível no site arxiv.org.

O estudo é uma continuação de outra pesquisa, publicada em 2023. Foi realizado pelo mesmo trio de autores da Universidade Radboud de Nimega, na Holanda: o especialista em buracos negros Heino Falcke; o físico quântico Michael Wondrak e o matemático Walter van Suijlekom.

Universo
Impressão artística de uma estrela de nêutrons que está ‘evaporando’ lentamente por meio de radiação semelhante à de Hawking — Foto: Daniëlle Futselaar/artsource.nl

No artigo anterior, os cientistas mostraram que não apenas buracos negros, mas também outros objetos, como estrelas de nêutrons, podem “evaporar” por meio de um processo semelhante à radiação Hawking. Esta é a mesma radiação emitida por buracos negros. A conclusão despertou questionamentos dentro e fora da comunidade científica sobre quanto tempo esse processo levaria.

Dúvida solucionada

Agora, os cientistas finalmente solucionaram essa dúvida. De acordo com os pesquisadores, levará cerca de 10^78 anos para que as anãs brancas, os corpos celestes mais persistentes, decaiam devido à radiação do tipo Hawking.

“Portanto, o fim definitivo do universo chega muito mais cedo do que o esperado. Mas, felizmente, ainda leva muito tempo”, afirma em comunicado Falcke, que é o principal autor do estudo.

O fato é que, ainda que a espécie humana exista até lá, a Terra não estará viva para contar história. Segundo estimativas de cientistas, a vida em nosso planeta deve durar “apenas” mais 1 bilhão de anos (1 bilhão = 10^12). Dentro desse período a radiação solar se tornará forte a ponto de inviabilizar a vida por aqui, secando também os oceanos.

Reinterpretação de Hawking

Em 1975, o físico Stephen Hawking contrariou a teoria da relatividade de Albert Einstein. Ele postulou que partículas e radiação poderiam escapar de um buraco negro. Essa ideia revolucionária deu origem ao conceito da radiação Hawking, segundo o qual o buraco negro decai muito lentamente. Ele emite partículas e radiação ao longo do tempo. Posteriormente, pesquisadores calcularam que esse processo, ao menos teoricamente, também se aplica a outros objetos com campo gravitacional.

Além disso, os cálculos mostraram que o tempo de evaporação de um objeto depende apenas de sua densidade. Com isso, de modo inesperado, estrelas de nêutrons e buracos negros estelares levam o mesmo tempo para decair (ou morrer): 10^67 anos. Isso ocorre mesmo os buracos negros tendo campos gravitacionais mais fortes.

“Mas os buracos negros não têm superfície”, diz o coautor e pesquisador de pós-doutorado, Michael Wondrak. “Eles reabsorvem parte de sua própria radiação, o que inibe o processo.”

Para a Lua e além

Aproveitando o achado, os cientistas também calcularam quanto tempo leva para a Lua e um ser humano evaporarem por meio de radiação semelhante à de Hawking. São 10^90 anos (o número 1 seguido de 90 zeros).

Contudo, os pesquisadores observam que existem outros processos que podem fazer com que os humanos e a Lua desapareçam mais rápido do que o calculado. “Ao fazer esse tipo de pergunta e analisar casos extremos, queremos entender melhor a teoria. Talvez um dia possamos desvendar o mistério da radiação Hawking”, diz o coautor do estudo, Walter van Suijlekom.

Galileu

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