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Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e presidente dos EUA, Donald Trump — Foto: AFP/Reuters

Diante da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o governo brasileiro estuda responder com medidas na área de propriedade intelectual — que envolve a proteção de criações culturais (como músicas, filmes e livros) e industriais (como medicamentos, softwares e tecnologias).

➡️ A nova taxação de Trump deve entrar em vigor em 1º de agosto. A decisão foi anunciada em carta enviada ao governo brasileiro na quarta-feira, 9 de julho, passada. Segundo apuração do comentarista Gerson Camarotti, o governo avalia que a propriedade intelectual e a quebra de patentes são, neste momento, o principal caminho para a retaliação.

O que é propriedade intelectual?

A propriedade intelectual é o conjunto de direitos que protege criações do intelecto humano, garantindo que autores, inventores e empresas recebam pelo uso de suas obras ou invenções. Isso vale, por exemplo:

No Brasil, esse tema é regulado principalmente por duas leis:

O que o governo brasileiro pode fazer?

A Lei de Propriedade Industrial, no artigo 71, permite que o governo quebre uma patente — ou seja, autorize terceiros a produzir algo que pertence a outra empresa — em situações de interesse público ou emergência nacional.

Um exemplo foi a quebra da patente do remédio Efavirenz, usado no tratamento do HIV, em 2007, durante o segundo mandato de Lula.

Segundo o advogado Fábio Pereira, sócio do escritório Veirano Advogados, o governo poderia usar esse mesmo instrumento para atingir empresas dos EUA:

“Em tese, o governo pode adotar esse tipo de medida em relação a medicamentos americanos, como uma resposta a Trump, mas uma possível consequência é a criação de distorções no mercado e a saída de investimento estrangeiro nessa área”, diz Pereira.

Por outro lado, economistas avaliam que retaliar via propriedade intelectual pode evitar um efeito inflacionário no Brasil.

“Se a resposta aos Estados Unidos for com tarifas de 50% sobre alimentos, o preço desses alimentos vai disparar no Brasil. Nesse sentido, a opção por mudanças em propriedade intelectual acaba parecendo mais segura”, afirma Juliana Inhasz, professora de economia do Insper.

Os EUA são potência em propriedade intelectual

De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), os Estados Unidos foram o segundo país com mais pedidos de patentes e registros de marcas em 2024. A China lidera. O Brasil aparece em sétimo lugar no registro de marcas, mas não figura entre os 20 maiores em patentes.

Isso faz da propriedade intelectual um setor estratégico para os EUA — e, por isso, um possível alvo de retaliação sensível.

Filmes, músicas e streaming entram na conta?

A Lei de Direitos Autorais protege as produções culturais no Brasil, inclusive as estrangeiras, desde que o país de origem tenha acordos com o Brasil — o que é o caso dos EUA. Por isso, seria difícil derrubar diretamente os direitos autorais de filmes ou músicas.

“A lógica das patentes não vale para filmes e músicas, o governo não conseguiria derrubar o direito autoral sobre uma obra específica”, explica Fábio Pereira.

O que é possível, no entanto, é elevar a taxação sobre produtos e serviços culturais, como plataformas de streaming, livros e filmes. Mas esse tipo de medida acabaria gerando aumento de preços para os consumidores brasileiros.

O que motivou a tensão entre Brasil e EUA?

Na última quarta, Trump publicou uma carta pública endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciando uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA.

Lula classificou a decisão como “inadmissível”, prometeu recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e afirmou que o Brasil está pronto para responder com medidas econômicas proporcionais.

G1

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