
A jovem Leticia Paul, de 22 anos, morreu após sofrer um choque anafilático – uma reação alérgica grave. Isso ocorreu durante a realização de uma tomografia com contraste em um hospital de Rio do Sul, cidade no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Leticia chegou a ser entubada após o exame, feito no Hospital Regional Alto Vale, mas não resistiu e morreu na quarta-feira, 20 de agosto. O óbito aconteceu menos de 24 horas depois do procedimento, relatou a tia Sandra Paul.
Segundo a tia, a jovem de Lontras, cidade vizinha de 12,8 mil habitantes, tinha histórico de pedras nos rins e fazia o exame com rotina. Leticia se formou em direito e fazia pós-graduação em Direito e Negócios Imobiliários.
Velaram o corpo ao longo da quinta-feira, 21 de agosto, na Casa Mortuária Jardim Primavera, em Rio do Sul. Em seguida, o levaram ao Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú.
Em nota, o hospital informou que “lamenta a perda e se solidariza com a família”.
“Aproveitamos para reafirmar nosso compromisso com a ética, a transparência e a segurança assistencial. Destacamos que todos os procedimentos se conduzem em conformidade com os protocolos clínicos recomendados”, diz o texto.
Tomografia por contraste
Os contrastes são substâncias químicas geralmente usadas em exames de ressonância, tomografia e radiografia. Sempre indicadas por médicos, com função de realçar áreas específicas do corpo.
O médico Murilo Eugênio Oliveira, especialista em radiologia e diagnóstico por imagem, disse que o método é seguro. Ele também afirmou que existem muitos estudos comprovando a eficácia nos diagnósticos por imagem.
Reações adversas ao uso da substância existem, mas são raras, principalmente as consideradas graves, como o caso da jovem Leticia Paul, segundo o especialista.