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📅 Última atualização: sex., 10.10.25 – 18h13
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A pressão arterial considerada de risco no Brasil mudou de patamar. Sendo assim, uma nova diretriz endossada por três sociedades médicas passa a enquadrar como pré-hipertensão valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica).

O documento foi divulgado nesta quinta-feira, 18 de setembro, no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia. Ele foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), bem como pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

Assim, antes vistos como “normais limítrofes”, esses números agora exigem atenção médica. O objetivo da reclassificação é reforçar a prevenção. Nessa fase, sem que a hipertensão esteja totalmente instalada, os médicos devem recomendar mudanças no estilo de vida e, dependendo do risco do paciente, podem até receitar o uso de medicamentos.

➡️ Entretanto a mudança vai ao encontro de novas diretrizes internacionais divulgadas no Congresso Europeu de Cardiologia, em 2024. À época, a pressão 12 por 8 passou a se classificar como “pressão arterial elevada” nos padrões europeus.

Meta de tratamento

Conforme os autores da nova diretriz, o limite mais baixo é fundamental para reduzir riscos de complicações como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Entretanto, nos casos em que o paciente não tolera reduções tão intensas, a orientação é buscar o nível mais baixo possível dentro da segurança clínica.

Risco cardiovascular global

Pela primeira vez, o relatório estabelece que não basta controlar apenas os números da pressão. O foco agora é reduzir também o risco cardiovascular global.

Assim foi incorporado o escore PREVENT, que calcula a chance de um paciente sofrer um evento cardiovascular em dez anos. O cálculo leva em conta variáveis como obesidade, diabetes, colesterol alto e lesões já instaladas em órgãos-alvo, como rins e coração.

A partir desse resultado, médicos devem adotar condutas mais intensas para quem está em alto ou muito alto risco.

SUS em pauta

Pela primeira vez, a diretriz dedica um capítulo exclusivo ao Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão reflete principalmente a realidade brasileira: cerca de 75% dos pacientes hipertensos estão sendo acompanhados na rede pública.

Assim sendo, o texto adapta recomendações às condições do SUS, com foco na atenção primária. Entre as orientações, estão: priorizar medicamentos já disponíveis na rede, bem como garantir protocolos de acompanhamento multiprofissional e estimular monitoramento com MAPA (monitorização ambulatorial) e MRPA (monitorização residencial), quando possível.

A ideia é oferecer um guia prático e aplicável para médicos e enfermeiros da rede básica, ajudando a reduzir desigualdades regionais e a melhorar o controle da pressão em todo o país.

Outro capítulo inédito do documento traz orientações voltadas à saúde feminina, reconhecendo que há fases de maior vulnerabilidade para a hipertensão.

Outras recomendações práticas

O documento reforça, ainda, medidas já conhecidas, mas fundamentais:

Hipertensão atinge ⅓ dos brasileiros

A hipertensão é silenciosa, mas responde pela maioria dos infartos e AVC no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão, 27,9% dos adultos brasileiros convivem com a doença — e apenas um terço tem a pressão realmente controlada.

Com a reclassificação, as metas mais rígidas e a inclusão de protocolos específicos para o SUS e para as mulheres, milhões de brasileiros podem passar a ser considerados em risco. O desafio, agora, é transformar as recomendações em prática diária, tanto nos consultórios privados quanto nas unidades de saúde pública.

G1

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