O youtuber Felipe Neto, 37 anos, fez um desabafo por meio de mensagens e vídeos nas redes sociais na terça-feira, 2 de dezembro, sobre saúde mental.
A conversa com os seguidores começou após uma pessoa questionar o fato do youtuber ‘só ter camiseta preta’. Nesse momento, Felipe explicou que tem dez camisas pretas iguais às que estava usando e disse que precisa de camisetas com gola canoa larga para ficar em casa. “Caso contrário sinto uma agonia extrema no pescoço”.
Após receber uma mensagem sendo chamado de “fresco” por causa disso, Felipe deu mais detalhes do que sente: “Então, a ‘frescura’ é um transtorno mental. Gera uma agonia muito forte no pescoço, principalmente se estiver relaxado em casa e com algo que encoste na região. É horrível…”
Transtorno
Ele também detalhou que, no caso dele, essa agonia geralmente não se manifesta em público e acontece quando ele está relaxado. “Exceto quando estou em ‘crise’, aí ela vem toda hora e preciso ficar com a mão no pescoço”.
“O que se sabe é que essa sensação parece ocorrer mais em pessoas TDAH [Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade]. Mas não há nome pra isso, não há diagnóstico preciso e as pessoas relatam diferentes tipos de agonia, o que torna tudo mais difícil. Como falei, psiquiatra é o ideal, mas existem tratamentos com psicólogos especializados em dessensibilização que podem ajudar muito”, escreveu ainda o influenciador.
Felipe Neto também falou que é muito difícil explicar qual é a sensação. “É como se fosse uma vulnerabilidade, é como se eu sentisse que alguém vai cravar uma faca no meu pescoço a qualquer momento e eu preciso me defender. Então, se eu tiver numa crise dessa agonia e eu não colocar a mão no pescoço, eu não sei o que aconteceria comigo”, afirmou.
“Várias vezes eu já fiquei me perguntando e pensando assim: caramba, e se eu estou tendo essa crise e alguém amarrasse as minhas mãos, eu acho que eu entraria em surto psicótico mesmo. Eu acho que eu não sei o que aconteceria, porque é instantâneo. Eu fico com a mão no pescoço e não consigo, não dá”, acrescentou. Ele contou que, atualmente, toma uma medicação específica que reduziu muito o sintoma.