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Bruno Ventura, de 29 anos, estava internado em estado gravíssimo, após complicações durante uma hemodiálise realizada na clínica particular Nice Diálise, no bairro São Miguel. — Foto: Arquivo pessoal

O entregador Bruno Rodrigues Ventura dos Santos, de 29 anos, morreu na tarde desta segunda-feira, 8 de setembro, após passar 18 dias internado, em coma, na UTI do Pronto Socorro Central Dr. Armando Gomes de Sá Couto, no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Bruno estava em estado gravíssimo, por conta de complicações durante uma hemodiálise que ele realizou na clínica particular Nice Diálise, no bairro São Miguel. Conforme Márcio Luiz dos Santos, pai de Bruno, o jovem se contaminou com ácido peracético. Esta é uma fórmula química comumente usada na limpeza de equipamentos e materiais médicos. O ácido estava presente na máquina utilizada na hemodiálise.

Ao g1, Márcio contou que o filho teve uma infecção forte e não resistiu, após 18 dias lutando pela recuperação médica.

“Ele lutou por 18 dias. Um dia melhorava, no outro piorava. Mas ele teve uma infecção e não aguentou”, explicou Márcio.

A Prefeitura de São Gonçalo confirmou a morte de Bruno. “O município se solidariza com a família do rapaz e se coloca à disposição neste momento de dor“.

Atendimento

Morador de Maricá, Bruno se encaminhou para a clínica em São Gonçalo pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES). O órgão é responsável por fiscalizar as clinicas de hemodiálise.

Em nota, a SES disse que determinou que a clínica apresente um cronograma de melhorias em seus processos de trabalho e de capacitação da equipe. Isso busca garantir maior segurança no atendimento aos pacientes. 

Enquanto isso, conforme a Secretaria de Saúde, a pasta está realizando a transferência dos pacientes que eram atendidos na clínica para unidades de referência na região. O objetivo é garantir a continuidade do tratamento.

Polícia Civil investiga

Os pais de Bruno relataram à Polícia Civil que o diretor técnico da clínica Nice Diálise admitiu a falha. Ele informou que resíduos do ácido estavam presentes na máquina utilizada na hemodiálise de Bruno.

O caso aconteceu na manhã do dia 20 de agosto e se investiga pela Polícia Civil como lesão corporal por imperícia. Entretanto, com a morte de Bruno, a tipificação do crime deverá se alterar.

Conforme o boletim de ocorrência da 72ª DP (São Gonçalo), o ácido — utilizado para desinfecção das máquinas de diálise — se introduziu acidentalmente no organismo de Bruno. O erro teria ocorrido durante a troca da profissional responsável por atendê-lo.

“Ele sempre fazia a sessão com a mesma técnica, mas nesse dia colocaram outra. A gente não sabe se foi por imperícia, imprudência, só sei que não teve cuidado”, contou Márcio Luiz dos Santos.

Bruno foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado inconsciente para o Pronto Socorro Central Dr. Armando Gomes de Sá Couto. Lá, ele foi entubado e ficou em coma induzido na UTI.

O laudo médico da unidade de saúde confirmou a contaminação bem como apontou hemorragia cerebral, edema e insuficiência respiratória aguda como consequências do episódio.

De acordo com o delegado Fábio Luiz Souza, titular da 72ª DP (São Gonçalo), a investigação sobre o caso está na reta final. Conforme o delegado, quase todas as pessoas da clínica, envolvidas no procedimento, já foram ouvidas.

Certificado vencido

A clínica onde ocorreu o incidente, identificada como Nice Diálise, funciona no bairro São Miguel. Conforme o boletim de ocorrência, o estabelecimento está com o certificado de regularidade vencido desde 28 de junho de 2025.

Na época do acidente, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que a Superintendência de Vigilância Sanitária havia iniciado um processo de investigação sobre o caso. Equipes do órgão estiveram no local para uma inspeção. Na ocasião, eles constataram que as licenças sanitárias para o funcionamento da unidade estavam em dia.

Ainda segundo a pasta, a análise do caso está sendo realizada de forma minuciosa para que os fatos sejam esclarecidos e as medidas cabíveis sejam adotadas rapidamente.

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo (Semsadc) disse que a clínica é credenciada para atendimentos de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela tinha convênio com a cidade de São Gonçalo, até o fim de abril deste ano, por estar localizada no município.

O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) informou que o diretor técnico da clínica Nice Diálise possui registro médico ativo na instituição.

O Conselho acrescentou que abriu sindicância para apurar os fatos.

G1 RJ

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