
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) confirmou nesta semana que a Voepass Linhas Aéreas operou 2.687 voos com aeronaves em condições consideradas não aeronavegáveis. Assim sendo, esses voos ocorreram entre agosto de 2024 e março de 2025. Apresentaram a denúncia durante a reunião que resultou na cassação definitiva do Certificado de Operador Aéreo (COA) da companhia.
De acordo com a decisão, a Voepass está oficialmente impedida de realizar voos comerciais e vender passagens. Ainda mais, não cabe mais recurso por parte da empresa. Ela já estava sob operação assistida da ANAC desde a tragédia envolvendo uma aeronave em 9 de agosto de 2024.
Durante o julgamento, o diretor da agência e relator do processo, Luiz Ricardo Nascimento, afirmou que foram identificados descumprimentos sistemáticos dos procedimentos operacionais e de segurança por parte da empresa. Segundo ele, houve uma “perda de controle organizacional” das inspeções obrigatórias previstas em sete aeronaves da frota.
A investigação apontou que entre os dias 15 de agosto de 2024 e 11 de março de 2025, a Voepass deixou de executar ao menos 20 tarefas de manutenção previstas nos protocolos regulatórios. Isso comprometeu a segurança de quase 2,7 mil voos.
De acordo com a área técnica da ANAC, as falhas evidenciaram uma degradação significativa nos processos internos da companhia. Esses problemas colocaram em risco passageiros e a aviação civil como um todo.