Crime em Monteiro – Gilson Cruz de Oliveira, de 56 anos, é o único suspeito do assassinato da adolescente Maria Vitória dos Santos, de 15 anos, em Monteiro, Paraíba. Gilson está foragido desde o último domingo, 14 de julho, depois de ser condenado por lesão corporal dolosa devido à violência doméstica contra sua própria filha. Ele teria disparado os tiros que mataram Maria Vitória, com quem mantinha um relacionamento.

Violência doméstica e feminicídio: um historial de abusos

Caso aconteceu em Monteiro, na Paraíba — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

No domingo, Maria Vitória e Gilson estavam bebendo em casa quando uma discussão começou. Testemunhas afirmaram que, durante a discussão, Gilson atirou na adolescente. Este crime é mais um entre os sete feminicídios já registrados oficialmente na Paraíba neste ano.

O caso de domingo não é o único incidente envolvendo Gilson e violência contra mulheres e menores. Em todas as ocorrências, Gilson também havia consumido bebidas alcoólicas. Em junho de 2019, ele agrediu sua própria filha adolescente em Monteiro e foi condenado por isso. Durante uma discussão enquanto a filha dormia, Gilson, em estado de embriaguez, a agrediu fisicamente. Nesse ínterim, funcionários da escola da adolescente testemunharam a agressão e acionaram o Conselho Tutelar.

Pena por lesão corporal e medida protetiva

Em fevereiro de 2020, a denúncia foi formalizada, com testemunhas confirmando os relatos de violência. Em abril de 2024, Gilson recebeu uma sentença de seis meses de detenção, convertida em dois anos de prestação de serviços à comunidade. A filha de Gilson havia obtido uma medida protetiva contra ele, mas em 2021, ela decidiu não renovar a medida, afirmando ter se reconciliado com o pai.

Casa de Gilson Cruz, onde Maria Vitória morreu, em Monteiro. — Foto: Edvaldo José/Rede Paraíba

Maria Vitória: trabalho, relacionamento e agressões

Maria Vitória conheceu Gilson ao começar a trabalhar em sua padaria há quase dois anos. Dessa maneira, iniciaram um relacionamento e passaram a morar juntos há quatro meses. Relatos de conhecidos indicam que, apesar da aprovação inicial da família, o relacionamento era marcado por constantes agressões. No entanto, não há registros policiais dessas agressões. Conforme a delegacia informou, o relacionamento começou após Maria Vitória ter alcançado a idade de consentimento no Brasil, que é 14 anos.

O crime: feminicídio dentro de casa

O crime aconteceu na residência de Gilson, no Loteamento Apolônio, bairro de Bernardino Lemos, em Monteiro. Testemunhas disseram que o casal estava bebendo quando a discussão começou. Nesse momento, Gilson disparou contra Maria Vitória, matando-a com tiros de revólver. O delegado Sávio Siqueira relatou que Gilson disparou mais de uma vez, certificando-se de que a adolescente não sobreviveria.

As investigações estão em andamento para encontrar Gilson, que permanece foragido. A Polícia Civil recebeu informações do caso através do advogado de Gilson, e esforços continuam para sua captura e justiça para Maria Vitória.

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