
Para quase metade dos brasileiros (44%), os gastos com saúde mental representam até 10% da renda mensal. Enquanto para três em cada dez (30%), o custo varia entre 11% e 25%, para 17% entre 26% e 50% da renda. Além disso, 9% chegam a gastar mais de 50% dos ganhos, segundo dados de uma pesquisa realizada pela Serasa em parceria com a Opinion Box.
O levantamento aponta que apenas 18% afirmam destinar até R$ 100 por mês à saúde mental. Enquanto a maioria, 33%, aplicam entre R$ 101 e R$ 300. Esse cenário muda, porém, quando se trata de quanto os brasileiros gostariam de investir nesse cuidado.
Inclusive, segundo a pesquisa, 26% dos entrevistados afirmam que possuem dificuldades financeiras constantemente por conta destes gastos . Por outro lado, para 25% essa dificuldade ocorreu ocasionalmente. Além disso, 24% já passaram por essa situação, mas hoje estão sob controle, e 25% afirmam que nunca passaram por este aperto.
O que mostra a pesquisa?
O levantamento foi realizado pela Serasa e Opinion Box entre 8 e 19 de agosto de 2025, com 1.240 entrevistas realizadas em todo o país.
Isso inclusive se reflete entre os motivos apontados por quem não investe mais em saúde mental. Entre as razões estão a priorização de outras áreas da vida (20%), falta de condições financeiras (18%) e acúmulo de responsabilidades (11%). Esses fatores dificultam o autocuidado.
Entre os principais custos apontados pelos entrevistados, os medicamentos lideram a lista, com 38%. Já seguido de em terapia e psicólogo (21%); 17% apontaram gastos com plano de saúde e 16% em consultas com psiquiatras.
No ano passado, os gastos com medicamentos representavam 24%, tendo um crescimento de 14 pontos percentuais em um ano. Os demais custos também aumentaram. Entre eles, terapia e psicólogo que, em 2024, representava 12,3% dos custos, plano de saúde com 11% e psiquiatras (7,5%).