As investigações preliminares conduzidas pela Senappen e pela PF estão lançando luz sobre à fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, escaparam nas primeiras horas da madrugada de quarta-feira, 14 de fevereiro, desencadeando uma intensa operação de busca.
Detalhes do caso
- Por volta das 3h, os detentos conseguiram acessar o teto das celas, desmontando uma estrutura metálica de alumínio e cabos de energia conectados à iluminação das celas.
- Em seguida, eles avançaram para o pátio, onde cortaram um alambrado e fugiram.
- As câmeras de vigilância registraram sua saída do perímetro da prisão, ainda vestidos com os uniformes padronizados dos detentos.
- Contudo a administração da penitenciária notou a ausência de Deibson e Rogério por volta das 5h, duas horas após a fuga.
A investigação preliminar aponta uma série de falhas que possibilitaram a fuga, conforme destacado pelo gabinete de crise do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Esta é a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal, desencadeando uma minuciosa vistoria no presídio de segurança máxima.
Uma equipe de peritos da Polícia Federal retornou ao local nesta quinta-feira, 15 de fevereiro, para continuar as investigações. Os fugitivos, ligados ao Comando Vermelho e, além disso, sob Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), estão sendo considerados de alta periculosidade.
O Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, está liderando pessoalmente o gabinete de crise instalado na delegacia da PF em Mossoró. Ele ordenou uma inspeção completa na estrutura do presídio e uma revisão de todos os funcionários envolvidos. As medidas de segurança foram reforçadas, com o aumento do número de agentes penais e policiais federais.
Enquanto isso, o presídio federal de Mossoró passa por obras de manutenção, reforma e readequação de espaços. Até o momento, não há indícios de corrupção para facilitar a fuga.
A penitenciária, com uma área total de 12,3 mil metros quadrados, mantém celas individuais, rigorosa vigilância eletrônica e procedimentos rígidos para garantir a segurança e disciplina dos detentos. O governo federal continua comprometido em manter a ordem e a segurança dentro da instituição, enquanto prossegue com a investigação para elucidar completamente os eventos que levaram à fuga dos detentos.