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Casos de gripe aumentam e a Unimed Cuiabá alerta que menos de 50% da população possuem vacinação contra Influeza A e B. — Foto: Assessoria

A circulação de um subtipo do vírus influenza A (H3N2), associado ao chamado subclado K, entrou no radar das autoridades de saúde. O termo “gripe K”, que passou a circular fora do meio científico, tem sido usado para se referir a essa nova fase de disseminação do vírus da gripe.

O essencial sobre a chamada “gripe K”:

O QUE É SUBCLADO? Subclado é uma subdivisão de um mesmo vírus, definida por pequenas mudanças genéticas acumuladas ao longo do tempo. Essas variações não caracterizam um vírus novo, mas podem afetar sua circulação e a resposta do organismo.

Alertas da Opas e OMS

O aumento da preocupação dos cientistas ocorre após alertas e notas técnicas divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) bem como pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que apontaram crescimento e antecipação da circulação do influenza A(H3N2) em várias regiões do mundo, especialmente no Hemisfério Norte.

Um estudo publicado na revista científica Eurosurveillance aponta que a circulação do subclado K prolongou a temporada de gripe na Austrália e na Nova Zelândia (leia mais abaixo).

As entidades reforçaram a vigilância epidemiológica e a importância da vacinação, mas destacaram que, até o momento, não há evidências de aumento da gravidade clínica associado a esse vírus.

Sintomas mudam?

Conforme especialistas da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), os sintomas observados até agora são os mesmos da gripe sazonal conhecida:

“Não há nenhum sintoma diferente ou característico desse subclado”, afirma o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. “O quadro clínico é o de uma síndrome gripal típica.”

Além disso, o diretor da entidade, Juarez Cunha reforça que também não foi observada mudança na duração da doença. “Em geral, os sintomas duram de três a sete dias, como ocorre em outras gripes. Até o momento, não há indicação de que esse vírus provoque quadros mais prolongados.”

Por que algumas pessoas relatam sintomas mais fortes?

A percepção de sintomas mais intensos não significa, necessariamente, que o vírus seja mais agressivo. Especialistas explicam que a gripe sempre apresenta grande variabilidade individual.

“Existem pessoas que têm quadros leves e outras que evoluem com sintomas mais importantes, independentemente do subtipo do vírus”, diz Juarez Cunha.

Idade, presença de doenças crônicas, estado imunológico e vacinação influenciam diretamente a intensidade do quadro.

Isso vale tanto para o H3N2 quanto para outros subtipos de influenza, como o H1N1, além de outros vírus respiratórios.

Quem corre mais risco

Assim como em outras temporadas de gripe, os casos mais graves tendem a se concentrar nos grupos mais vulneráveis:

“Cerca de 75% dos óbitos por influenza acontecem nesses grupos”, afirma Kfouri. “É por isso que a vacinação é fundamental, especialmente para essas pessoas.”

Os especialistas ressaltam que não houve aumento de hospitalizações ou mortes em comparação com outras temporadas, até agora, mas reforçam que a vigilância precisa continuar.

Quando procurar atendimento médico

A maioria das pessoas se recupera da gripe sem complicações, mas alguns sinais exigem atenção, sobretudo entre os grupos de risco.

“Febre alta e prolongada, falta de ar, cansaço intenso, prostração ou piora clínica são sinais de alerta”, explica Kfouri. Em crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades, a recomendação é buscar avaliação médica logo no início dos sintomas.

Diagnóstico precoce faz diferença

Um ponto destacado pelos especialistas é que, no caso da influenza, o diagnóstico precoce pode mudar o curso da doença. Existe tratamento antiviral — o oseltamivir — que reduz o risco de complicações quando iniciado nas primeiras 48 a 72 horas após o início dos sintomas.

“Hoje temos testes rápidos que permitem identificar se é influenza”, diz Kfouri. “Quando o antiviral é iniciado cedo, ele diminui o risco de gravidade e de complicações, especialmente nos mais vulneráveis.”

Vigilância segue no centro da estratégia

Embora o subclado K tenha ampliado a circulação do H3N2 em várias regiões do mundo, os especialistas reforçam que não se trata de uma nova doença, nem de uma gripe com sintomas inéditos.

“O mais importante agora é acompanhar os dados, manter a vigilância e garantir alta cobertura vacinal”, detalha Cunha. “A gripe continua sendo uma doença potencialmente grave para alguns grupos, e é isso que precisa guiar a resposta.”

Por que o subtipo K chamou a atenção das autoridades de saúde?

Estudos recentes mostram que o subclado K do influenza A(H3N2) esteve associado a temporadas de gripe mais longas do que o habitual na Austrália e na Nova Zelândia em 2025. Nesses países, a circulação do vírus se estendeu por vários meses além do período esperado, chegando ao fim da primavera e início do verão, o que é considerado incomum para esse subtipo de influenza.

Por serem países que costumam antecipar tendências da gripe no Hemisfério Norte, os dados acenderam um sinal de atenção para outros sistemas de saúde. Segundo os pesquisadores, a rápida disseminação do subclado K indica que ele é virologicamente mais “adaptado”, o que pode favorecer uma circulação mais prolongada também em outras regiões do mundo, incluindo a América do Sul e a Europa.

Apesar da maior capacidade de transmissão, os dados analisados até agora não indicam aumento da gravidade da doença. Em hospitais pediátricos e sistemas de vigilância dos dois países, os casos associados ao subclado K não apresentaram maior taxa de internação em UTI nem aumento de mortes em comparação com outras variantes do vírus influenza.

Os pesquisadores também destacam que os vírus do subclado K permanecem sensíveis aos antivirais usados contra a gripe, como o oseltamivir, sobretudo quando o tratamento é iniciado nas primeiras 48 horas de sintomas. Embora estudos indiquem que a eficácia da vacina possa ser menor contra esse subclado específico, a imunização segue recomendada, especialmente para reduzir casos graves e hospitalizações.

G1

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