Os policiais Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, Rodrigo Velloso Cabral, Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, mortos durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, nessa terça-feira, 28 de outubro, serão “promovidos postumamente”. O anúncio se fez pelo governador do estado, Claudio Castro, nesta quarta-feira, 29 de outubro.
“Como forma de reconhecimento e respeito, todos se promoverão postumamente. Minha solidariedade e minhas orações estão com as famílias, amigos e colegas de farda desses heróis. Eles serviram ao Estado com coragem, defendendo o que acreditaram: um Rio mais seguro e livre”, conforme Castro na rede social X.
Consideram a operação a mais letal da história do Rio. Dessa forma, os números oficiais contam, até o momento, 64 mortos (dentre eles os quatro policiais) e 81 presos. Conforme o governador, os quatro agentes morreram por ataques dos “narcoterroristas durante a Operação Contenção”. Isso aconteceu em um dia considerado histórico no enfrentamento ao crime organizado para Polícia Civil do RJ (PCERJ).
A promoção póstuma se concede como forma de reconhecer o sacrifício bem como a dedicação dos servidores durante os anos que trabalharam. Marcus era comissário da 53ª DP e Rodrigo era da 39ª. Já Cleiton e Heber atuavam no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Segundo Castro, os quatro servidores “deram a vida cumprindo o dever de proteger a população fluminense”.
“Ataques covardes”
Conforme o governo, o objetivo da operação era de desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV). Trata-se da principal facção do tráfico no estado. Outro objetivo era apreender fuzis que a organização criminosa portava.
Em um comunicado de homenagem a morte dos policiais, a PCERJ classificou como “covardes” os ataques realizados por criminosos. Eles garantiram que os responsáveis não ficarão impunes. Atingiram os quatro policiais mortos durante confrontos em diferentes pontos dos complexos.
“A resposta está vindo, e à altura”, diz trecho da nota da PCERJ.