Mounjaro: medicação chega em duas dosagens e indicação formal para diabetes tipo 2 – Foto: Sandy Huffaker/Getty Images

Assim que o Mounjaro, aguardado medicamento para diabetes e perda de peso da farmacêutica Eli Lilly, teve a data de lançamento confirmada no país, a primeira pergunta que veio à tona foi: qual será o preço?

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) havia definido como preço máximo de venda um valor próximo a 3 700 reais, tendo como base os impostos de São Paulo. No entanto, o laboratório se antecipou dizendo que tudo levava a crer que não seria praticado o teto definido junto à comissão do governo.

Agora, segundo fontes do laboratório, já há um valor estipulado para a entrada nas farmácias. Será cerca de 1 700 reais pelo mês de tratamento. Ainda que a medicação, utilizada com uma caneta de aplicação semanal, exista em seis versões, em um primeiro momento estarão disponíveis no país as dosagens de 2,5 e 5 mg. As versões vão de 2,5 a 15 mg de tirzepatida.

Chegada competitiva

Ainda que a Eli Lilly não tenha confirmado oficialmente o valor do produto, sabe-se que a empresa buscará uma postura arrojada no mercado brasileiro. O concorrente direto do Mounjaro é o Ozempic (semaglutida), da farmacêutica Novo Nordisk, que custa entre 1000 e 1300 reais.

Por enquanto, a tirzepatida só tem aprovação para o controle do diabetes tipo 2. Já foi submetido o pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a liberação ao tratamento da obesidade. Quando vier esse aval, a medicação também fará frente, com indicação em bula, ao Wegovy. Esta é a injeção semanal à base de semaglutida da Novo Nordisk. Atualmente, a vendem na faixa de 1230 a 2370 reais.

O Mounjaro causou burburinho no país desde o sinal verde da Anvisa, ainda em 2023. O laboratório, contudo, esperou ter condições para suprir a demanda antes de iniciar as vendas no Brasil, uma vez que o tratamento deve ser contínuo.

Consideram a tirzepatida pelos estudos clínicos até agora, o remédio com maior efeito no emagrecimento, chegando a eliminar 20% do peso corporal.

Diferentemente da rival semaglutida, que mimetiza um hormônio do corpo por trás do controle glicêmico e do aumento da saciedade, a tirzepatida emula dois hormônios. Assim, inaugurou uma nova classe farmacológica.

O que diz o laboratório

Procurada por VEJA, a Eli Lilly “esclarece que preço e dosagens a serem comercializadas, bem como a data exata de chegada às farmácias, ainda estão em fase final de definição”. E prossegue: “Tão logo a companhia tenha essas informações, elas serão oficialmente comunicadas”.

Uma fonte consultada por VEJA, no entanto, diz que o preço ventilado no momento – ao redor de 1 700 reais a caixa – está muito próximo da realidade.

Veja

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